Nos últimos dois anos - 2020 e 2021 - o Brasil registrou a chegada de 2,9 milhões de turistas internacionais (estrangeiros e brasileiros que residem no exterior).
O número representa quase metade (46%) dos cerca de 6 milhões de visitantes que ingressavam no Brasil todos os anos antes da pandemia de Covid-19.
O impacto da emergência sanitária mundial no setor turístico no Brasil foi revelado em estudo desenvolvido pelo Ministério do Turismo, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), e divulgado nesta quinta-feira (20/10).
Itapema (SC). Crédito: Renato Soares/MTur Destinos
Com a reabertura das fronteiras internacionais e a retomada do turismo entre os países, a expectativa é de que, neste ano, o número de chegadas de turistas ao Brasil se aproxime dos 4,2 milhões, segundo a Embratur.
Após ter atuado exclusivamente no mercado interno entre junho de 2020 e julho de 2021, por imposição legal, a Embratur voltou à sua missão original de promover os destinos brasileiros no exterior.
E o retorno da divulgação internacional recolocou o Brasil na prateleira dos turistas de forma rápida:
Nos cinco primeiros meses de 2022, dados da Polícia Federal apontam que o Brasil já ultrapassou a marca de 1 milhão de turistas estrangeiros registrados como em “viagem a turismo”, o que não ocorria desde 2020.
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A malha aérea internacional no Brasil é um dos melhores indicadores para a comprovação do ritmo acelerado de recuperação do turismo no Brasil. Em setembro atingiu 94,74% dos níveis pré-pandemia - o melhor resultado da conectividade do Brasil com o mundo após o início das restrições de viagens entre os países.
Isso porque o número de desembarques internacionais, segundo a Embratur, chegou a 4.247 no último mês, um aumento de 6% em relação ao mês anterior (agosto) que havia registrado o maior número (4.003).
E, até junho de 2023, a expectativa é de mais de 100 novos voos para o Brasil.
Outro dado que demonstra a recuperação do mercado internacional do turismo no país é relativo ao gasto de estrangeiros.
Segundo o Banco Central do Brasil (Bacen), entre janeiro e julho deste ano os visitantes deixaram mais de US$ 2,7 bilhões, montante 85% maior do que o registrado no mesmo período de 2021 (US$ 1,5 bilhão) e que alcança 76% do valor apurado em 2019 (US$ 3,7 bilhões).
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Em 2021, os Estados Unidos (132,2 mil) foi o principal emissor de turistas para o Brasil.
O país norte-americano historicamente ocupava o segundo lugar, atrás da Argentina que, em 2021, caiu para a terceira posição (67,3 mil).
Vale destacar que os turistas americanos contam, desde 2019, com a isenção de visto para entrada no país.
Já o Paraguai foi o segundo país a enviar mais turistas ao Brasil (132,1 mil). Juntos, Estados Unidos e Paraguai representam mais de um terço dos visitantes que desembarcaram nas terras verde-amarelas.
