Turismo

Edição: Hugo Julião
04:07
22/03/2021

Conexão Turismo | Edição de 22 de março

Por João Afonso Mamoré

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Conceito de “Resorts-bolha” pode ser uma tendência de viagem segura?

O Grand Hyatt Baha Mar, em Paradise Island, nas Bahamas, e suas duas propriedades irmãs, SLS e Rosewood, estão aplicando o método com os novos hóspedes (Divulgação)

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Com muitos países exigindo um teste de Covid-19 negativo para viajar, o conceito de um “resort-bolha” fornece uma garantia a mais.

Os resorts em ilhas estão entre os primeiros a testar o conceito de bolha. 


Isolar um resort para impedir a entrada de novas infecções ajuda a aumentar a confiança na viagem, embora o planejamento para isso seja complexo.

Quando os hóspedes chegam, além de higienizar as mãos e medir a temperatura, eles fazem uma espécie de visita à clínica do local.

Depois de fazerem um teste rápido (e gratuito) de Covid-19, eles são acompanhados, com suas bagagens, até o quarto.

Nenhuma chave é emitida até que o teste dê negativo.

Timbers Kauai Ocean Club & Residences (Divulgação)

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Em Kauai, os visitantes que se hospedarem em hotéis participantes da bolha devem usar uma pulseira de monitoramento por 72 horas que rastreia os contatos ao longo dos dias. 

O objetivo dos resorts em Kauai é evitar que os hóspedes saiam da propriedade durante os primeiros três dias na ilha.

O resort Timbers Kauai, por exemplo, fez uma parceria com o Marriott Kauai e criou uma área de 3,2 km² onde os hóspedes em quarentena podem desfrutar de comodidades ao ar livre, como piscinas, praia e ciclovias.

Após 72 horas, os convidados fazem um teste Covid-19. Se der negativo, eles são liberados para sair da propriedade se assim o desejarem. 

Representantes do Timbers Kauai dizem que a ocupação tem sido de quase 100% e que o isolamento do resort aumentou a confiança na segurança da região.

 

Marriott Kauai Beach Club (Divulgação)

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Nenhuma dessas precauções substitui a exigência contínua de máscara, distanciamento social e estações de higienização das mãos.

Ou seja, a bolha é apenas uma camada extra de segurança que parece estar funcionando.

O tempo dirá se mais resorts irão seguir esse exemplo e se os viajantes se mostrarão confiantes sobre essa ideia inovadora da era Covid.

 


Turismo doméstico gera alívio para o setor

Em ranking composto pelas 77 cidades mais pesquisadas para acomodações no portal Kayak entre 1º de março de 2020 e 23 de fevereiro deste ano, o Rio de Janeiro lidera (Fernando Maia/Riotur)

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Os desdobramentos da pandemia na indústria do turismo em todo o planeta continuam sendo os maiores da história.

E os prognósticos preveem uma lenta recuperação até 2024.

No Brasil, um dos caminhos que possibilitaram uma pequena recuperação ao setor foi o crescimento do turismo doméstico. 

Na mesma lista das 77 cidades mais pesquisadas por acomodações, Porto de Galinhas, em Pernambuco, lidera os destinos do Nordeste, ficando em 10º lugar, seguido por Maceió e Aracaju, que ficaram em 11º e 12º lugar, respectivamente.

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Estudo da Travel Consul divulgado agora em março mostrou um aumento de 43% em viagens nacionais.

Já pesquisa do Airbnb aponta que uma em cada cinco pessoas quer viajar para perto de casa.


Segundo Jacque Dallal, propietária da Be Happy Viagens, a pandemia foi benéfica para o turismo doméstico.

“Vários passageiros que não olhavam para o Brasil como opção de viagem acabaram olhando, experimentaram, gostaram e estão repetindo.”

"Há dúvidas de que a tendência permaneça quando não houver mais a proibição de entrada em outros países", diz Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da Fecomercio/SP.

 


Com falta dos turistas brasileiros, Puerto Iguazú, no lado argentino das Cataratas, sofre com os prejuízos de fronteira fechada

A Ponte Tancredo Neves, o principal acesso dos brasileiros, está bloqueada há mais de um ano, desde fevereiro de 2020. 

O setor turístico reclama que a ausência dos “vizinhos” está gerando enormes prejuízos.

Os restaurantes e cafés de Puerto Iguazú são famosos pela qualidade e preços convidativos (Divulgação)

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Segundo o presidente da Câmara de Comércio de Iguazu, Joaquim Bonetti, “pelo menos 20% dos 2.400 pontos comerciais da cidade fecharam”.

Os empresários do setor dizem que a rigidez do governo não importa àqueles que se beneficiam do contrabando de alimentos vindos de Foz do Iguaçu.

E, na contramão, os vinhos e azeites argentinos, que continuam entrando em larga escala no Brasil. 

 Parque Nacional Iguazú fica no lado argentino das Cataratas (Divulgação)

Com nova redução, 70% dos voos provenientes do Brasil foram cancelados, devido a proibição da entrada de brasileiros. 

O receio da escalada do vírus e das novas cepas no Brasil preocupam mais as autoridades argentinas do que a própria população local. 

Comerciantes e trabalhadores do turismo afirmam que não temem os brasileiros e querem a fronteira aberta com protocolos sanitários. 

 


Aeroporto de Narita vai usar tecnologia para inspecionar calçados dos passageiros

Inteligência artificial facilita o embarque

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A operação experimental vai fiscalizar os calçados através de dispositivos que detectam itens proibidos sem a necessidade de tirar os sapatos.

A mudança no procedimento padrão quer tornar o aeródromo mais seguro, confortável e confiável, reduzindo o contato pessoal e melhorando o ambiente de trabalho dos funcionários.

O aeroporto localizado em Tóquio, Japão, tem grande preocupação com a segurança.

Foram instalados nos terminais nacionais e internacinais equipamentos de raios-x com recursos avançados de detecção de explosivos e scanners corporais.

Além do PRS, sistema que inspeciona a autenticidade dos cartões de embarque dos passageiros antes do embarque.

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