O governo federal anunciou em maio que a reunião da COP30 –conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) para o clima– em 2025 será realizada em Belém, no Pará.
A cidade, entretanto, conta com 12.115 leitos de hotel em todas as categorias e precisaria, ao menos, quadruplicar sua capacidade hoteleira para atender a expectativa de público para o evento daqui a 2 anos, que é cerca de 50 mil visitantes.
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Ao todo, existem 5.712 quartos de hotel em todas as categorias em Belém, de acordo com a ABIH-PA (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Pará), totalizando 12.115 leitos disponíveis.
Isso contam quartos e leitos em hostels e áreas distantes do centro da capital paraense.
A expectativa para a COP30, que será realizada em 2025, é de que o município poderia receber até 60 mil visitantes para o evento do clima.
“Só temos ideia dos relatos das edições anteriores que falam em 60 mil participantes. Certamente esse número será menor pra Belém devido à rede hoteleira”, afirmou Toni Santiago, presidente da ABIH-PA, ao Poder360.
Segundo Santiago, não é possível ampliar a quantidade de leitos disponíveis até 2025:
“Não temos tempo pra isso. Entre terreno e a construção um hotel precisa de mais de dois anos”.
Perguntado sobre como equalizar a capacidade hoteleira com a possível vinda em massa de turistas daqui a 2 anos, o governo do Estado disse ainda estudar maneiras de resolver a questão.
“A hotelaria é um dos principais pontos discutidos pelo Comitê da COP, criado pelo Governador Helder Barbalho a fim de traçar planos para a COP30, que será realizada em 2025 em Belém”, disse Hana Ghassan Tuma, vice-governadora do Pará e coordenadora da COP30, ao Poder360.
Segundo o secretário de Clima, Energia e Maio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, André Corrêa Lago, são esperadas de 40 a 50 mil pessoas em Belém em 2025. A declaração a jornalistas foi em 17 de junho.
Ainda com essa previsão, seria preciso quadruplicar os leitos disponíveis na cidade.
“O Governo do Estado busca a experiência de outros grandes eventos já realizados, como por exemplo a Copa do Mundo, Olimpíadas e Jornada Mundial da Juventude.
Além disso, o Governo também estuda a realização das últimas COPs, para entender como as cidades sedes encontraram soluções para o tema hotelaria”, declarou Hana.
Santigado declarou também que o governo, a prefeitura de Belém e representantes do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) devem se reunir em 7 de agosto para debater uma possível linha de crédito para a expansão hoteleira e da infraestrutura turística da cidade visando o evento da ONU.
Cúpula da Amazônia
Há 14 chefes de Estado convidados para a Cúpula da Amazônia, que acontecerá de 8 a 9 de agosto em Belém, capital do Estado do Pará.
Além dos 8 países amazônicos que já estão confirmados, o governo brasileiro convidou ainda mais os chefes de 6 nações para participar do evento, os quais não confirmaram a vinda ainda.
A cidade, que sediará a COP30 em 2025, entretanto, só conta com 9 suítes presidenciais e está com todas as suas vagas de “alto padrão” ocupadas para as datas.
Segundo o presidente da ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hoteis) do Pará, Toni Santiago, Belém tem 9 suítes presidenciais, que já estão reservadas. Assim como os quartos VIPs e masters.
Além dos presidentes da Amazônia, o governo brasileiro também convidou os chefes de Estado de França, Alemanha, República do Congo, República Democrática do Congo, Noruega e indonésia.
O Brasil quer usar a cúpula para desenvolver um grande documento sobre a Amazônia para poder começar a levá-la para os fóruns mundiais e usar como fonte de recursos para os países que a protegem e melhoria de vida para a população local
“Ainda dispomos de vagas principalmente em hotéis de categoria turística e econômica.
Os hotéis chamados de “Redes” nos informaram que já estão em média com 95% de ocupação.
Mesma realidade dos hotéis 5 e 4 estrelas que são rotulados de Superior, antigo 5 estrelas”, afirmou ao Poder360.
A classificação de hotéis é feita da seguinte forma:
O Poder360 apurou que o Itamaraty não teme que chefes de Estado fiquem sem lugares para ficar em Belém durante a cúpula.
Isso porque vários dos convidados que não fazem parte diretamente dos países que têm Amazônia em seus territórios.
Nos bastidores, entretanto, admite-se que seria preciso usar a criatividade para acomodar já em agosto tantas autoridades na cidade, caso todas viessem de uma vez.
Segundo Santiago, a média de ocupação da rede hoteleira em Belém é de 60% durante todo o ano, mas para o período da cúpula esse índice já está em 95% nos principais hotéis da cidade.
Ele também afirmou que alguns dos quartos estavam ainda em obras para se tornarem de “alto padrão”, mas não ficarão prontos para o evento.