Promover o ordenamento adequado do litoral sergipano sul de Sergipe através de soluções sociais, econômicas, ambientais e sustentáveis são alguns dos objetivos do Plano de Gerenciamento Costeiro e do Zoneamento econômico-ecológico, apresentado nesta terça-feira, 19, em Audiência Pública realizada na Câmara Municipal de Estância.
O deputado estadual Zezinho Sobral (Pode) participou do evento e defendeu que é preciso quebrar os entraves legais que inviabilizam o desenvolvimento econômico, turístico e social da faixa costeira sergipana.
“Através do gerenciamento do litoral, Sergipe alcançará um alto patamar de competitividade com outros estados para a atração de mais investimentos na área turística”, afirmou.
Deputado Estadual Zezinho Sobral
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De acordo com estudos do Plano, o Litoral Sul da Zona Costeira de Sergipe possui faixa terrestre que compreende o trecho que vai do rio Vaza-Barris até o rio Real, abrangendo os municípios de Itaporanga d’Ajuda, Estância, Santa Luzia do Itanhi e Indiaroba.
Já a faixa marinha se estende por 12 milhas náuticas, medindo a partir das linhas de base estabelecidas de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
Durante sua explanação, Zezinho Sobral destacou que o objetivo do Plano de Gerenciamento Costeiro e do Zoneamento econômico-ecológico é organizar, de forma ordenada, o território costeiro para promover o desenvolvimento sustentável, a partir das necessidades de proteção, conservação e recuperação dos recursos naturais, bem como das dinâmicas locais.
Ele lamentou que o litoral sergipano ainda não dispõe do Zoneamento Costeiro, como é feito na Bahia e Alagoas.
“A Zona Costeira da Bahia possui 53 municípios subdivididos em três setores e subsetores: Litoral Norte, Salvador/Baía de todos os Santos e Litoral Sul.
Já Alagoas conta com o gerenciamento em 22 municípios e sua área marinha costeira está dividida em litoral médio, norte e sul.
Precisamos do zoneamento econômico costeiro que indique potencialidades e vocações, que consolide as habitações da região urbana já garantida.
Temos que eliminar as restrições. Em todo o litoral baiano e alagoano pode empreender, fazer turismo e desenvolver. E no nosso? Não podemos fazer nada”, questionou Sobral.
“Sergipe precisa dar um passo decisivo no gerenciamento costeiro e desenvolver o turismo sustentável.
É preciso ter o foco da necessidade do povo sergipano.
Todo empreendimento tem que ser sustentável para garantir o crescimento local e preservar o meio ambiente.
Temos que pensar em todos os empreendedores (do micro, pequeno ao grande) e na preservação histórica e turística de todas as comunidades”, complementou.
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Zezinho Sobral defende:
a utilização econômica, social, sustentável das Unidades de Conservação da Natureza, incluindo incentivo à criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs);
a pesquisa científica voltada a utilização de recursos naturais, preservação, conservação, identificação de espécies, recuperação ambiental e ao desenvolvimento tecnológico e econômico;
ocupação para fins turísticos, recreativos e educacionais; manutenção da qualidade dos recursos hídricos, biodiversidade e paisagens.
Através do Plano, o deputado também acredita que:
Sergipe pode avançar na pesca comercial, científica, amadora, artesanal e esportiva;
no incentivo ao pequeno, médio e grande empreendedorismo; manutenção de atividades agrossilvopastoris, dentre elas agropecuária, aquicultura, extrativismo; comércio ambulante e em bares e restaurantes;
preservação de edificações urbanas e rurais existentes; usos esporádicos para shows ou atividades lúdicas e esportivas, autorizados, dentre outras ações que promovam o desenvolvimento.
“Turismo é dinheiro no bolso do sergipano, é abrir oportunidades para todos os empreendedores (pequeno, médio e grande), é geração de emprego e renda.
Lutamos para que Sergipe tenha as mesmas oportunidades para fortalecer o turismo igual a Bahia, Alagoas e outros estados.
Esse Plano vai destravar o desenvolvimento turístico de áreas como Caueira, Praia do Saco, Abaís, Crasto, entre outras.
Com o Zoneamento e o plano de manejo das Áreas de Preservação Ambiental (APAS) em atividade, todos sairão ganhando: do micro e pequeno ao grande empreendedor”, reforçou.
“Sergipe possui todas as condições para manter áreas de preservação ambiental e empreender um desenvolvimento sustentável sem a necessidade de inviabilizar atividades importantes para a economia. O gerenciamento não pode proibir: tem que respeitar os municípios e as comunidades tradicionais”, complementou Zezinho Sobral.