20/10/2021 10:34

Compartilhe:

Promover o ordenamento adequado do litoral sergipano sul de Sergipe através de soluções sociais, econômicas, ambientais e sustentáveis são alguns dos objetivos do Plano de Gerenciamento Costeiro e do Zoneamento econômico-ecológico, apresentado nesta terça-feira, 19, em Audiência Pública realizada na Câmara Municipal de Estância.

O deputado estadual Zezinho Sobral (Pode) participou do evento e defendeu que é preciso quebrar os entraves legais que inviabilizam o desenvolvimento econômico, turístico e social da faixa costeira sergipana.

“Através do gerenciamento do litoral, Sergipe alcançará um alto patamar de competitividade com outros estados para a atração de mais investimentos na área turística”, afirmou.

Deputado Estadual Zezinho Sobral

----------

De acordo com estudos do Plano, o Litoral Sul da Zona Costeira de Sergipe possui faixa terrestre que compreende o trecho que vai do rio Vaza-Barris até o rio Real, abrangendo os municípios de Itaporanga d’Ajuda, Estância, Santa Luzia do Itanhi e Indiaroba.

Já a faixa marinha se estende por 12 milhas náuticas, medindo a partir das linhas de base estabelecidas de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

Durante sua explanação, Zezinho Sobral destacou que o objetivo do Plano de Gerenciamento Costeiro e do Zoneamento econômico-ecológico é organizar, de forma ordenada, o território costeiro para promover o desenvolvimento sustentável, a partir das necessidades de proteção, conservação e recuperação dos recursos naturais, bem como das dinâmicas locais.
 

Ele lamentou que o litoral sergipano ainda não dispõe do Zoneamento Costeiro, como é feito na Bahia e Alagoas.

A Zona Costeira da Bahia possui 53 municípios subdivididos em três setores e subsetores: Litoral Norte, Salvador/Baía de todos os Santos e Litoral Sul.

Já Alagoas conta com o gerenciamento em 22 municípios e sua área marinha costeira está dividida em litoral médio, norte e sul.

Precisamos do zoneamento econômico costeiro que indique potencialidades e vocações, que consolide as habitações da região urbana já garantida.

Temos que eliminar as restrições. Em todo o litoral baiano e alagoano pode empreender, fazer turismo e desenvolver. E no nosso? Não podemos fazer nada”, questionou Sobral.

Sergipe precisa dar um passo decisivo no gerenciamento costeiro e desenvolver o turismo sustentável.

É preciso ter o foco da necessidade do povo sergipano.

Todo empreendimento tem que ser sustentável para garantir o crescimento local e preservar o meio ambiente.

Temos que pensar em todos os empreendedores (do micro, pequeno ao grande) e na preservação histórica e turística de todas as comunidades”, complementou.

----------

Zezinho Sobral defende:

a utilização econômica, social, sustentável das Unidades de Conservação da Natureza, incluindo incentivo à criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs);

a pesquisa científica voltada a utilização de recursos naturais, preservação, conservação, identificação de espécies, recuperação ambiental e ao desenvolvimento tecnológico e econômico;

ocupação para fins turísticos, recreativos e educacionais; manutenção da qualidade dos recursos hídricos, biodiversidade e paisagens.

Através do Plano, o deputado também acredita que:

Sergipe pode avançar na pesca comercial, científica, amadora, artesanal e esportiva;

no incentivo ao pequeno, médio e grande empreendedorismo; manutenção de atividades agrossilvopastoris, dentre elas agropecuária, aquicultura, extrativismo; comércio ambulante e em bares e restaurantes;

preservação de edificações urbanas e rurais existentes; usos esporádicos para shows ou atividades lúdicas e esportivas, autorizados, dentre outras ações que promovam o desenvolvimento.

“Turismo é dinheiro no bolso do sergipano, é abrir oportunidades para todos os empreendedores (pequeno, médio e grande), é geração de emprego e renda.

Lutamos para que Sergipe tenha as mesmas oportunidades para fortalecer o turismo igual a Bahia, Alagoas e outros estados.

Esse Plano vai destravar o desenvolvimento turístico de áreas como Caueira, Praia do Saco, Abaís, Crasto, entre outras.

Com o Zoneamento e o plano de manejo das Áreas de Preservação Ambiental (APAS) em atividade, todos sairão ganhando: do micro e pequeno ao grande empreendedor”, reforçou.

Sergipe possui todas as condições para manter áreas de preservação ambiental e empreender um desenvolvimento sustentável sem a necessidade de inviabilizar atividades importantes para a economia. O gerenciamento não pode proibir: tem que respeitar os municípios e as comunidades tradicionais”, complementou Zezinho Sobral.

Nos acompanhe por e-mail!