O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marcos Pontes, defendeu a construção de um laboratório de biossegurança máxima (nível 4) no Brasil.
De acordo com ele, o local escolhido para a instalação será o Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, no interior do estado de São Paulo.
Mnistro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes (Marcello Casal Jr./Ag.Brasil)
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“O MCTI está liderando um movimento, junto com outros ministérios, para que possamos construir no país um laboratório de biossegurança máxima, nível 4.
Foram feitos vários seminários, encontros, reuniões, e nós vamos construir isso para defender a nossa população”, disse o ministro em visita ao CNPEM nessa segunda-feira (17).
No local, já funcionam quatro laboratórios de tecnologia avançada:
Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), que opera o Sirius, o mais moderno acelerador de partículas brasileiro
Laboratório Nacional de Biociências (LNBio)
Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR)
Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano)
O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), é um dos maiores centros de produção científica do Brasil e abriga o Sirius, um moderníssimo acelerador de partículas.
É uma máquina que tem como objetivo gerar um tipo especial de luz de altíssimo brilho, capaz de revelar aspectos microscópicos, em mínimos detalhes, dos mais variados materiais orgânicos e inorgânicos, como proteínas, vírus, rochas, plantas, solo, ligas metálicas, dentre muitos outros.
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“O fato de termos um laboratório de biossegurança 4, associado a uma instalação como essa do Sirius, vai nos colocar à frente de muitos países. Já existe muito interesse internacional nas pesquisas que podem ser realizadas”, destacou o ministro.
O vírus ebola, que causa febre hemorrágica com alta letalidade para humanos, só pode ser manipulado com segurança em estruturas com nível 4 (Getty Images)
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Estruturas com nível 4 de biossegurança são capazes de manipular com segurança vírus e bactérias de alta periculosidade, como o vírus do ebola.
Segundo o Ministério da Defesa, o grupo de trabalho interministerial que trata do assunto atua na elaboração de uma proposta de construção de um laboratório desse porte no Brasil desde agosto de 2020.
Com informações da Ag.Brasil