O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano interrompendo uma série de 12 vezes consecutivas de alta - desde março de 2021.
Segundo o Copom, o ambiente externo mantém-se adverso e volátil, com contínuas revisões negativas para o crescimento das principais economias, em especial para a China.
O ambiente inflacionário segue pressionado, enquanto o processo de normalização da política monetária nos países avançados prossegue na direção de taxas restritivas.
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira.
Basicamente, ela influencia todas as demais taxas de juros do Brasil, como as cobradas em empréstimos, financiamentos e até de retorno em aplicações financeiras.
Além disso, a divulgação do PIB apontou ritmo de crescimento acima do esperado no segundo trimestre, e o conjunto dos indicadores divulgado desde a última reunião do Copom seguiu sinalizando crescimento.
A inflação ao consumidor, apesar da queda recente em itens mais voláteis e dos efeitos de medidas tributárias, continua elevada e as diversas medidas subjacente apresentam-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação.
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A companhia quer adicionar 2,7 gigawatts (GW) de capacidade de energia renovável com 71 novos projetos ao redor do mundo, segundo o anúncio feito nesta quarta-feira, 21.
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Com a decisão desta quarta (21), a Selic encerra um ciclo de alta depois de passar seis anos sem ser elevada.
De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano.
Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano em março de 2018.
A Selic voltou a ser reduzida em agosto de 2019 até alcançar 2% ao ano em agosto de 2020, influenciada pela contração econômica gerada pela pandemia de covid-19.
Esse era o menor nível da série histórica iniciada em 1986.