Motoboys e empresas de plataformas digitais não chegaram a um acordo para melhorar as condições de trabalho dos entregadores após pouco mais de quatro meses de negociação em um grupo de trabalho (GT) instituído pelo governo federal.
A reunião realizada na tarde da terça-feira (12), no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília, deixou os representantes dos profissionais de entrega insatisfeitos.
Valter Campanato/Agência Brasil
Gilberto Almeida dos Santos, presidente do SindimotoSP e do Conselho Nacional de Motofretistas, Motoentregadores, Motoboys e Entregadores Ciclistas profissionais do Brasil, conhecido como Gil, afirmou que não houve acordo na parte dos motoboys e dos motoentregadores.
Antes da reunião em Brasília, motoboys e motoentregadores fizeram uma mobilização na Esplanada dos Ministérios, pedindo que as empresas de aplicativos ofereçam remuneração mínima decente e condições dignas de trabalho, com diretrizes de saúde e segurança.
Para o dia 18 de setembro, os entregadores prometem uma paralisação em todo o país caso não haja melhora na proposta.
A Federação Brasileira dos Motociclistas Profissionais argumentou que as empresas de aplicativos continuam fugindo de suas responsabilidades sociais e que as propostas da Amobitec e MID não contemplam as questões de segurança e saúde dos entregadores.
A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) informou que apresentou documentos e propostas desde o início das discussões, incluindo modelos de integração na Previdência Social e valores de ganhos mínimos.
A mesa tripartite - formada por governo, empregadores e trabalhadores - tinha até esta terça-feira como prazo final para chegar a um consenso sobre ganhos mínimos, indenização pelo uso dos veículos, previdência, saúde dos trabalhadores e transparência algorítmica.
Com informações da Agência Brasil