O estado de Sergipe se prepara para um cenário promissor na geração de empregos formais no último quadrimestre de 2024.
Segundo estudo do Núcleo de Comunicação e Inteligência do Sistema Fecomércio, entre setembro e dezembro, estima-se que serão criadas cerca de 7 mil novas vagas com carteira assinada.
Esse aumento é reflexo da retomada de atividades sazonais na agricultura e do dinamismo nos setores da indústria, comércio, serviços, construção civil e turismo.
Presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac, Marcos Andrade
Durante esse período, a agricultura se destaca como uma das grandes impulsionadoras da economia local, especialmente nas áreas rurais. O setor industrial também acompanha o ritmo de crescimento, impulsionado pela produção agrícola e pela demanda local.
O comércio e os serviços registram um aquecimento significativo, principalmente com a chegada do fim do ano, período em que o setor se beneficia do aumento nas vendas e nas atividades turísticas.
O turismo, em especial, movimenta a economia sergipana em regiões litorâneas como Aracaju e municípios vizinhos, gerando empregos temporários e impulsionando o setor de serviços.
No comércio, as contratações de fim de ano, especialmente para o período natalino, exigem reforços nas equipes de vendedores, operadores de caixa e outros trabalhadores do varejo.
De acordo com Marcos Andrade, presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac, o ano de 2024 tem mostrado um comportamento atípico no mercado de trabalho sergipano, com seis meses de saldo positivo na criação de empregos, conforme dados do CAGED.
"Acredito que até o final do ano, teremos cerca de 13 mil novas vagas geradas em Sergipe, mantendo o estado em um patamar elevado de geração de empregos", afirmou Andrade.
Ele também destacou o impacto positivo desse crescimento na qualidade de vida e no poder de compra da população.
O bom desempenho dos setores estratégicos, como comércio e serviços, está diretamente relacionado ao aumento do consumo das famílias e à recuperação dos setores produtivos após os desafios enfrentados nos últimos anos.
A variação positiva nas vendas tem estimulado as empresas a ampliarem suas equipes, impulsionando o mercado de trabalho.
O Sistema Fecomércio-Sesc-Senac tem desempenhado um papel crucial nesse processo, investindo na qualificação da mão de obra e no fortalecimento do comércio e serviços locais.
Andrade ressaltou que a continuidade dessas ações de capacitação profissional deve garantir que Sergipe mantenha seu ciclo de crescimento e continue gerando novas oportunidades de emprego.
Outro fator relevante para a geração de empregos é o impacto das campanhas eleitorais, que contratam mão de obra temporária entre agosto e outubro de 2024.
Esse movimento envolve diversas áreas, desde a publicidade e produção de materiais até a organização de eventos e mobilizações de rua. No entanto, é importante destacar que esses postos de trabalho são temporários e tendem a ser encerrados após o fim do período eleitoral.
Em 2023, as expectativas iniciais eram de gerar cerca de 11 mil empregos formais em Sergipe, mas o estado superou essa projeção, encerrando o ano com mais de 13 mil empregos criados.
Para 2024, as expectativas são igualmente otimistas. Marcio Rocha, chefe de comunicação e inteligência do Sistema Fecomércio, projeta que, com um cenário econômico favorável e o desempenho robusto dos setores estratégicos, o saldo de novos empregos em 2024 pode igualar ou até superar os números do ano anterior.
"O crescimento nas vendas do comércio e serviços, aliado à melhora na confiança do consumidor e ao aumento do crédito disponível, tem sido determinante para essa expectativa positiva", explicou Rocha.
Se as condições econômicas continuarem favoráveis, Sergipe poderá registrar um saldo histórico na criação de empregos formais, consolidando o estado como referência em recuperação econômica e geração de oportunidades no Nordeste.
Com informações da Fecomércio
