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26/09/2024 07:29

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Horário de Verão

A adoção do horário de verão no Brasil pode gerar uma redução de até 2,9% na demanda máxima de energia elétrica e economizar aproximadamente R$ 400 milhões na operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), entre os meses de outubro e fevereiro, segundo uma nota técnica divulgada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Economia e redução de custos

De acordo com o estudo do ONS, a alteração no horário durante o verão pode reduzir o custo com combustível térmico em até R$ 356 milhões no pior cenário hidrológico e R$ 244 milhões no melhor cenário.

 Além disso, em termos de contratação de reserva de capacidade, o estudo destaca que a economia anual pode alcançar R$ 1,8 bilhão, baseando-se nos resultados do Leilão de Reserva de Capacidade de 2021.

Horário de pico e eficiência energética

O documento aponta que o horário de verão pode ajudar a melhorar a eficiência do SIN no atendimento à demanda durante o horário de pico de consumo, especialmente entre 18h e 20h.

Nesse período, o sistema enfrenta desafios devido à saída da geração solar e ao aumento da demanda por energia. Dados históricos mostram que o impacto positivo é mais perceptível nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, além do próprio SIN.

O ONS destaca que o horário de verão é particularmente eficaz em amenizar o crescimento da carga entre 18h e 19h, um horário crítico para o sistema elétrico. No entanto, após as 20h, o aumento da demanda por energia volta a crescer, estendendo o processo de rampeamento.

Impacto variado no consumo

Embora o horário de verão seja eficiente em reduzir a demanda máxima em momentos críticos, o ONS aponta que, em alguns horários do dia, a prática não reduz significativamente a carga média diária.

No entanto, o estudo também revelou reduções consideráveis no consumo de energia em dias úteis, sábados e domingos, especialmente em períodos de demanda máxima noturna e sob diversas condições de temperatura.

A adoção do horário de verão, segundo o estudo, pode ajudar a otimizar o uso de energia em momentos críticos e gerar uma economia significativa para o país, além de contribuir para a eficiência do sistema elétrico em períodos de alta demanda.

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