De acordo com os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e analisada pela assessoria de inteligência de mercado do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac, a inadimplência das famílias sergipanas apresentou recuo de -5,8% no mês de agosto, diante do mesmo mês do ano passado.
Uma redução importante de -24% nos valores percentuais no período de um ano entre as famílias que estão com dificuldades para pagamento de suas dívidas.
Foto: Marina Fontenele/G1
A inadimplência dos sergipanos apontou 18,7% na pesquisa realizada em agosto, o que em números absolutos de famílias do estado indica que 38.231 famílias se encontram com contas atrasadas.
“O cenário econômico ainda aponta muitas incertezas e o custo do dinheiro está elevado, considerando que o país ainda está com uma taxa de juros muito alta para a contração de crédito.
Então percebemos que à medida em que os meses vêm passando, a inadimplência familiar tem diminuído gradativamente.
Em agosto do ano passado, eram quase 50 mil famílias em inadimplência, caindo significativamente em agosto deste ano, tendo menos pessoas com contas atrasadas”, afirmou Fernando Carvalho.
O indicador de famílias que não possuem nenhuma condição de pagamento de suas dívidas tem mantido apresentou redução de -8%, saindo de 4,3% para 4% de pesquisados que se encontram na condição de insolvência.
Endividamento
O percentual de famílias endividadas, na contramão dos resultados de inadimplência e insolvência, apresentou elevação de +5,9% no período comparativo de um ano.
Tipos de dívida
Os três fatores que mais colocam as famílias sergipanas em condição de endividamento são operações de crédito para consumo.
O coordenador de comunicação e inteligência de mercado do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac, o economista Marcio Rocha, explica a situação.
“Muitas pessoas fazem compras parceladas, utilizando-se de medidas que forneçam crédito rápido para adquirir bens ou consumir serviços. Então é natural que haja manutenção e variações tanto positivas, quanto negativas no uso das modalidades de crédito.
O cartão é a operação mais rápida para que o consumidor possa fazer suas compras a prazo.
Assim como o crediário para compras parceladas por um maior intervalo de tempo.
Já para as operações de crédito pessoal, muitas pessoas utilizam para poder diminuir seu volume de endividamento, e também sair da inadimplência.
O que preocupa é o aumento de compra de alimentos de forma parcelada, que indica uma dificuldade de manutenção básica das famílias”, disse Rocha.
Com informações da Fecomércio