11/04/2023 10:36

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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), realizou a edição mensal da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), e a Divisão Econômica do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac de Sergipe analisou os resultados, encontrando uma informação muito importante para o entendimento da vida econômica do estado.

Marcos Andrade, presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac, comenta resultado da PEIC

O indicador de insolvência das famílias sergipanas chegou ao menor patamar em 13 anos. Desde o início da série histórica, em 2010, a PEIC não aponta um dado de tamanha expressão para o cenário sergipano.


De acordo com a análise do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac, em março o volume de insolvência das famílias no estado atingiu 3,8%.

O quadro de insolvência surge quando as famílias estão no mais alto grau de inadimplência, com superendividamento e não conseguem pagar suas contas atrasadas, com os consumidores indo para os serviços de negativação de pessoas físicas e proteção de crédito.

O presidente do Sistema, Marcos Andrade, destacou a importância desse resultado para a economia.

O indicador de 3,8% apresenta uma situação que mostra a recuperação financeira das famílias ao longo do tempo, principalmente depois da pandemia da COVID-19, que levou as pessoas a repensarem seu planejamento financeiro, organizar o pagamento de suas contas e controlar a aquisição de novas dívidas, a ponto de não conseguirem pagar seus compromissos.

Desde abril de 2010 que não apresentamos um número tão baixo de pessoas em condição de insolvência, o que mostra que as pessoas desenvolveram educação financeira a ponto de não se colocarem na posição desconfortável do superendividamento”, disse Marcos Andrade.

O presidente Andrade e o economista Marcio Rocha, discutem resultados da menor insolvência dos últimos 13 anos.

A PEIC é um instrumento utilizado como parâmetro pelas empresas, serviços financeiros e poder público para medir a evolução do mercado, contração de dívidas e movimentação financeira das atividades econômicas, além de ser um indicador que transmite a realidade do quadro social.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca a eficiência da pesquisa para o mercado e cenário econômico.

A PEIC é, hoje, um dos principais indicadores da saúde econômica do Brasil, pois identifica quais os principais gargalos para a melhoria das condições financeiras da população brasileira”.

Em números gerais, a completa inadimplência de 3,8% das famílias sergipanas, indica que somente três em cada 100 famílias se encontram na condição insolvente, dependendo de negociação direta com credores para recuperar seu crédito.

O indicador, no ano de 2017 chegou a ser de 25 a cada 100 famílias, em Sergipe.

O que mostra uma grande evolução na educação financeira das pessoas no estado.

Em termos gerais, o endividamento das famílias sergipanas atingiu 76,5%, recuando -2,5% diante do mês de fevereiro.

Além disso, o indicador de famílias em inadimplência, com contas atrasadas, mas com condições de pagar suas dívidas está em 21,9%.


O economista do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac, Marcio Rocha, lembra fatores que se destacam na diminuição da insolvência das pessoas no estado.

O mercado de trabalho está melhorando no estado, foram mais de 22 mil empregos gerados nos últimos dois anos, o que dá um novo fôlego para as atividades econômicas.

E quando se gera emprego, se gera renda para as famílias, elevando os recursos circulantes na cadeia produtiva.

O comércio vende mais, as pessoas compram a prazo e isso mantém o endividamento familiar.

Mas isso não é ruim. Sabendo usar o crédito com responsabilidade, ter uma dívida não é ter um problema, e sim ter poder de compra a crédito.

E quando vemos a insolvência familiar diminuir, sabemos que isso tem sim uma forte ligação com a melhor administração dos recursos por parte das pessoas, que estão sabendo comprar com inteligência e evitar que consumam mais do que podem pagar”, afirmou.

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