Após cinco anos em recuperação judicial, a Saraiva pediu falência na última quarta-feira (4).
Este cenário levanta preocupações entre aqueles que detêm ações da empresa.
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Perspectivas pouco otimistas
Andréa Seco, especialista em contencioso cível e sócia do escritório Almeida Advogados, esclarece que o pedido de autofalência amplia a probabilidade de uma decisão judicial favorável à falência em breve.
"Se isso acontecer, começa a fase de liquidação dos ativos da empresa.
Infelizmente, os acionistas estão no fim da fila para recebimentos e as chances de recuperar o investimento são mínimas", destaca.
Precedentes no mercado
Em situações semelhantes, como o caso da MMX, mineradora de Eike Batista, a falência foi estabelecida judicialmente sem solicitação da empresa.
Realidade dura para os acionistas
De acordo com especialistas, mesmo que os acionistas consigam algum retorno, provavelmente será um valor bem menor que o inicialmente investido.
"O acionista passa a ser mero titular de um crédito sem qualquer prioridade", salienta Andréa. Luís Alberto de Paiva, da Corporate Consulting, enfatiza a perda de influência dos acionistas na administração da empresa.
Jonathan Mazon, do Ayres Ribeiro Advogados, reforça que, após a falência, as ações podem perder significativamente seu valor.
Ricardo Rocha Neto, do Abe Advogados, complementa que após a confirmação da falência, a Saraiva provavelmente perderá seu status de empresa aberta, resultando no encerramento das negociações de suas ações na Bolsa.
"O acionista, portanto, acaba perdendo seu investimento", conclui.
Com informações do Infomoney