06/10/2023 08:53

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Após cinco anos em recuperação judicial, a Saraiva pediu falência na última quarta-feira (4).

Este cenário levanta preocupações entre aqueles que detêm ações da empresa.

Crédito: Divulgação

Perspectivas pouco otimistas


Andréa Seco, especialista em contencioso cível e sócia do escritório Almeida Advogados, esclarece que o pedido de autofalência amplia a probabilidade de uma decisão judicial favorável à falência em breve.

"Se isso acontecer, começa a fase de liquidação dos ativos da empresa.

Infelizmente, os acionistas estão no fim da fila para recebimentos e as chances de recuperar o investimento são mínimas", destaca.

 

Precedentes no mercado


Em situações semelhantes, como o caso da MMX, mineradora de Eike Batista, a falência foi estabelecida judicialmente sem solicitação da empresa.

  • As ações da mineradora perderam 30% de seu valor de mercado no último dia em que foram negociadas, antes da paralisação das operações na Bolsa.
  • No cenário da Saraiva, com o pedido originário da empresa, a negociação de suas ações na B3 permanecerá suspensa até a decisão judicial.

 

Realidade dura para os acionistas


De acordo com especialistas, mesmo que os acionistas consigam algum retorno, provavelmente será um valor bem menor que o inicialmente investido.

"O acionista passa a ser mero titular de um crédito sem qualquer prioridade", salienta Andréa. Luís Alberto de Paiva, da Corporate Consulting, enfatiza a perda de influência dos acionistas na administração da empresa.


Jonathan Mazon, do Ayres Ribeiro Advogados, reforça que, após a falência, as ações podem perder significativamente seu valor.

Ricardo Rocha Neto, do Abe Advogados, complementa que após a confirmação da falência, a Saraiva provavelmente perderá seu status de empresa aberta, resultando no encerramento das negociações de suas ações na Bolsa.

"O acionista, portanto, acaba perdendo seu investimento", conclui.


Com informações do Infomoney

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