A rede de fast-food Burger King encontrou dificuldades para deixar seus negócios na Rússia.
Isso porque Alexander Kolobov, um dos parceiros da franquia no país, se recusou a fechar as 800 lojas da rede.
Na segunda-feira 21, Kolobov justificou ao site da BBC que ele não tem “autoridade ou poder” para interromper as operações do Burger King na Rússia.
Ele disse que o fechamento tem de ser aprovado por todos os investidores do negócio.
“A decisão de encerrar e suspender as operações do franqueado, que emprega cerca de 25 mil pessoas, precisa ser tomada por todos os acionistas, considerando o impacto que pode ter sobre os funcionários e suas famílias”, disse Kolobov.
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A história ganhou repercussão na quinta-feira (17), quando o Burger King publicou uma nota explicando a situação.
A Restaurant Brands International (RBI) — proprietária da rede de fast-food — possui uma entidade empresarial com a empresa de Kolobov responsável pelas operações diárias, que mantêm cerca de 800 restaurantes abertos.
Na carta divulgada pelo presidente do Burger King, David Shear, a rede informa que houve um pedido para o fechamento da marca, mas que Kolobov “se negou a fazer”.
A RBI possui 15% das ações do Burger King no país, por isso não há como a rede fechar na Rússia de imediato.
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O presidente da marca disse que o processo de liquidação da participação da RBI com a empresa de Kolobov já está em andamento, mas que, mesmo assim, levará tempo.
O problema é que no contrato entre os norte-americanos e os russos não existem cláusulas que permitam uma alteração unilateral.
Ou serja, quando uma das partes deixa de cumprir com as obrigações — em caso de abandono total.
Contudo, os restaurantes da franquia na Rússia ainda correm o risco de ficar sem mantimentos para o preparo dos lanches.
Isso porque o Burger King interrompeu a cadeia de abastecimento dos produtos, suspendeu as operações com o marketing local e também anunciou que não aceitará parcerias de expansão no país.
Com informações AFP/Ansa