A distribuidora sergipana de gás Sergipe Gás (Sergas) iniciou as ações visando o planejamento estratégico para o período de 2023 a 2027 com a realização de um workshop, nas últimas terça e quarta-feira, 25 e 26.
O objetivo é que, através da imersão, os gestores possam ter mais embasamento e também contribuir com a construção do planejamento por meio do compartilhamento de experiências adquiridas no dia a dia de trabalho.
Foto: José Castilho
O diretor presidente da Sergas, José Matos, salientou a importância do envolvimento dos gestores no processo e do embasamento adquirido com os palestrantes.
“Nesse primeiro dia, os temas versaram sobre conhecimento de economia, cenários e preços de gás natural, perspectivas do mercado imobiliário, novas opções sustentáveis através do hidrogênio e do biometano e perspectivas para o desenvolvimento industrial de Sergipe”, disse. Matos abriu o evento acompanhado do diretor técnico e comercial Álvaro Moraes e do diretor administrativo financeiro Lauro Perdiz.
O primeiro dia do Workshop contou com cinco palestras com temas variados.
“Os palestrantes são ícones estadual e nacionais, de entidades reconhecidas em cada tema.
Pretendemos ter um Plano Estratégico de excelência e pronto para avançar.
É importante lembrar que as atividades devem ser de acompanhamento e implementação, por meio de um trabalho participativo e colaborativo de todos”, completou o presidente da Sergas.
Palestras
O ciclo de palestras foi iniciado com o tema ‘Economia Sergipana’, conduzido pelo coordenador do Observatório de Sergipe, Ciro Brasil, que abordou taxas de crescimento econômico, geração de emprego e as preocupações a longo prazo.
“As questões sobre o futuro econômico devem ser pensadas para fortalecer e diversificar as vocações econômicas de Sergipe, para além da cadeia de exploração mineral e da Petrobras.
Um exemplo é estimular o surgimento de novas vantagens competitivas vinculadas a tecnologias digitais, entre outros”, destacou Ciro.
Em seguida, o tema ‘Ofertas e Cenários de Preço de Gás’ foi abordado por Pedro Camarota e sua equipe da Woodmackenzie.
O grupo debateu sobre a oferta do gás natural pelos diversos players onshore e offshore, o comportamento das projeções dos índices de referência Brent, Henry Hub, Dólar, além das análises de tendências feitas pela Woodmackenzie referentes ao comportamento da demanda do gás natural nos diversos segmentos, além das expectativas acerca do Projeto Sergipe Águas Profundas I e II.
A terceira palestra teve como temática ‘Perspectivas do Mercado Imobiliário Sergipano e as Tendências de Expansão das Manchas Urbanas’, ministrada pelo empresário e engenheiro Luciano Barreto, representando a Associação Sergipana dos Empresários de Obras Públicas e Privadas (Aseopp).
Barreto demonstrou otimismo na retomada da construção civil no país, com programas desenvolvimentistas de obras que elevam o segmento a patamares anteriores, considerando que é o segmento que mais emprega no país.
“A retomada da construção de unidades habitacionais é importante fator de desenvolvimento social, de expansão imobiliária e que está sendo esperado pelo segmento da construção civil”, reforçou Luciano.
A quarta palestra discorreu sobre ‘Hidrogênio Sustentável e Biometano nas Redes de Gás Canalizados’, através da exposição de Giovani Rosa, CEO da Empresa Gás Orgânico.
“No Brasil, está em tramitação o Projeto de Lei 1878/2022, que tem como objetivo criar a Política Nacional do Hidrogênio Verde (H2V), com diretrizes claras sobre a produção, utilização, transporte, armazenamento e comércio deste recurso, de autoria da Comissão do Meio Ambiente.
Outro é o PL 725/2022 (Lei do Hidrogênio), de autoria do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que tem o objetivo de promover o uso do hidrogênio, sendo 80% deste hidrogênio verde a partir de 2050”, elencou Giovani.
Encerrando a rodada de palestras da terça-feira, o tema ‘Perspectivas para o Desenvolvimento Industrial de Sergipe’ foi desenvolvido pelo economista Rodrigo Rocha, da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (Fies).
“Urge uma grande necessidade da reindustrialização no país e em Sergipe e também a necessidade de capacitação de mão de obra especializada local, para fazer frente às demandas que se avizinham.
Temos esperado um boom no segmento de petróleo e gás no estado de Sergipe e as tratativas do Governo Estadual em atrair novos investimentos para Sergipe.
A perspectiva do enorme potencial energético faz com que Sergipe atraia grandes atenções no mundo empresarial brasileiro”, destacou Rodrigo.
Presenças
Estiveram também presentes no Workshop, representando o Conselho Administrativo da Sergas: o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Valmor Barbosa, juntamente com o superintendente da Sedetec, Marcelo Menezes; e o procurador e conselheiro Wladimir, que representam o acionista estado de Sergipe.