Economia & Negócios

Da Redação
05:05
27/03/2024

Sergipe é o 2º em menor desigualdade salarial entre homens e mulheres

O primeiro Relatório de Transparência Salarial do país focado em gênero foi divulgado na segunda-feira, 25 de março, pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE).

O relatório reúne dados cruciais obtidos a partir das informações fornecidas por empresas com 100 ou mais empregados, um requisito legal para a apresentação dessas informações ao Governo Federal.

Foto: Agência Brasil

Destaques do 1º Relatório de Transparência Salarial no Brasil:

  • Desigualdade Salarial:

    • Mulheres ganham 19,4% a menos do que os homens.
  • Participação das Empresas:

    • Total de empresas que responderam ao questionário: 49.587
    • Cobertura do questionário: Quase 100% das companhias com 100 ou mais funcionários no Brasil.
  • Perfil das Empresas:

    • 73% das empresas têm 10 anos ou mais de existência.
  • Emprego:

    • Total de empregados nas empresas participantes: Quase 17,7 milhões.

A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional.

Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 25,2%.

Menor desigualdade salarial entre homens e mulheres entre os estados

Os dados mostram diferenças significativas por Unidade da Federação.

O estado do Piauí, por exemplo, tem a menor desigualdade salarial entre homens e mulheres:

  • Elas recebem 6,3% a menos do que eles, em um universo de 323 empresas, que totalizam 96.817 ocupados.
  • A remuneração média é de R$ 2.845,85.

Na sequência das UFs com menor desigualdade salarial entre homens e mulheres aparecem Sergipe e Distrito Federal, com elas recebendo 7,1% e 8% menos do que os homens, respectivamente.

  • Em Sergipe, a remuneração média é de 2.975,77.
  • No DF é a maior do país: R$ 6.326,24.

Maior desigualdade salarial entre homens e mulheres entre os estados

A maior desigualdade salarial no Brasil ocorre no Espírito Santo, onde as mulheres recebem 35,1% menos do que os homens.

Na sequência dos estados mais desiguais, aparecem Paraná (66,2%), Mato Grosso do Sul (67,4%) e Mato Grosso (68,6%).

São Paulo é o estado com maior número de empresas participantes, um total de 16.536, e maior diversidade de situações.

  • As mulheres recebem 19,1% a menos do que os homens, praticamente espelhando a desigualdade média nacional.
  • A remuneração média é de R$ 5.387.

Recorte por raça

Número e Remuneração no Mercado de Trabalho

  • Mulheres:

    • Negras:
      • Remuneração média: R$ 3.040,89
    • Não Negras:
      • Remuneração média: R$ 4.552,45
    • Diferença salarial: 49,7%
  • Homens:

    • Negros:
      • Remuneração média: R$ 3.843,74
    • Não Negros:
      • Remuneração média: R$ 5.718,40
    • Diferença salarial: 48,77%

Políticas de incentivos

Resumo das políticas e incentivos em empresas no Brasil:

  • Planos de Cargos e Salários, Políticas de Incentivos às Mulheres:

    • 51,6% das empresas
  • Promoção de Mulheres a Cargos de Direção e Gerência:

    • 38,3% das empresas
  • Políticas de Apoio à Contratação de Mulheres:

    • 32,6% das empresas
  • Incentivos para Contratação de Mulheres Negras:

    • 26,4% das empresas
  • Incentivo à Contratação de Mulheres LGBTQIAP+:

    • 20,6% das empresas
  • Ingresso de Mulheres com Deficiência:

    • 23,3% das empresas
  • Incentivo à Contratação de Mulheres Vítimas de Violência:

    • 5,4% das empresas
  • Flexibilização de Regime de Trabalho (Licença Maternidade/Paternidade Estendida, Auxílio-Creche):

    • Licença maternidade/paternidade estendida: 17,7% das empresas
    • Auxílio-creche: 21,4% das empresas

 

Com informações da Secretaria de Comunicação Social

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