Na sequência das atividades do evento "Sergipe Oil & Gas", a tarde de quarta-feira, 16, foi marcada por apresentações que se concentraram na preparação para o período significativo que Sergipe enfrentará nos próximo anos.
Fotos: Ascom Sedetec
Sergipe está antecipando um aumento significativo na produção de petróleo e gás, graças às substanciais reservas descobertas em águas ultraprofundas, consolidando-se como um dos principais polos de exploração do país.
Como resultado, o foco da tarde da quarta-feira, 16, durante o evento "Sergipe Oil & Gas", recaiu sobre o projeto Sergipe Águas Profundas (Seap) da Petrobras, juntamente com tópicos relacionados à exploração em terra (onshore) e à cadeia produtiva.
A 2ª edição do "Sergipe Oil & Gas" é organizada pela BrainMarket Inteligência de Mercado e Eolus, com o Sebrae de Sergipe como co-realizador e o apoio do Governo Estadual, por intermédio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec).
Águas ultraprofundas
O projeto Sergipe Águas Profundas (Seap) da Petrobras planeja investir cerca de 5 bilhões de dólares para desenvolver a produção, com a expectativa de alcançar 18 milhões de m³ de gás por dia e 240 mil barris de petróleo por dia.
Mariana Cavassin Paes, Gerente Executiva de Projetos de Desenvolvimento da Produção da Petrobras, apresentou detalhes do projeto, que tem previsão de início de operações em 2028.
"Mantendo uma trajetória de produção em Sergipe, a Petrobras agora está vivenciando uma mudança significativa.
Com a inclusão dos projetos Seap I e II, a Petrobras busca multiplicar por cinco a produção em Sergipe.
É importante destacar que a produção do Seap será de baixa emissão de carbono, incorporando todas as tecnologias da Petrobras para reduzir a emissão", ressaltou Mariana Cavassin Paes.
Campos onshore
Na sequência, a exploração em campos terrestres foi abordada durante o painel "Oportunidades Onshore no Estado de Sergipe".
Moderado por Marcio Felix, representante da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP), o painel apresentou os investimentos da Carmo Energy, que adquiriu o Polo de Carmópolis, composto por 11 campos de produção de petróleo e gás.
Desde dezembro de 2022, a empresa vem investindo para recuperar a produção, com previsão de atingir 30 mil barris/dia de petróleo em breve.
O investimento em Sergipe está projetado em US$ 800 milhões na próxima década.
Philipe Passos, Gerente de Regulação da Carmo Energy, destacou que a empresa viu uma oportunidade no desinvestimento da Petrobras.
"Nomeamos o projeto de Carmo Energy em homenagem ao Polo Carmópolis, que possui 3.674 poços.
Vemos uma gama de oportunidades em todos os serviços. Além de técnicos, a Carmo Energy procura fornecedores de serviços administrativos, como manutenção de ar condicionado, limpeza, jardinagem e material de escritório, entre outros.
Estamos testemunhando uma nova era, um novo ciclo de petróleo no estado, e estamos comprometidos com o desenvolvimento regional", completou o gerente da Carmo Energy.
Cadeia produtiva
O terceiro painel explorou os "Desafios dos Pequenos Operadores no Onshore", com a contribuição do engenheiro de petróleo e líder do Grupo Ubuntu, Caetano Machado.
Ele enfatizou a importância de valorizar poços com produções menores de petróleo por meio de pequenos operadores.
"Os empreendedores precisam entender que a produção diária de três, cinco ou dez barris de óleo é uma oportunidade valiosa que muitas grandes empresas não abraçam.
Chegar a uma produção de 400 barris de óleo, como estamos fazendo agora, é muito desafiador.
Temos orgulho de criar uma transformação social nos campos", considerou.
A produção aumentada também resulta em uma maior demanda por serviços, produtos e materiais na cadeia produtiva.
O quarto painel abordou o "Portfólio de Serviços e suas Demandas para a Cadeia Produtiva do Estado", com a participação do Diretor de Negócios da Andrade Gutierrez, Glauber Barreto, e do Geostock da Spiecapag Intech no Brasil, Sebastien Prince.
"Estamos focados em parcerias estratégicas. Colocamo-nos à disposição para auxiliar na construção da ligação entre o estudo de viabilidade e a operação da planta", afirmou o Diretor de Negócios da Andrade Gutierrez.
O painel foi moderado pela consultora Cyntia Silveira.
Encerrando a discussão sobre serviços na cadeia de exploração, o evento contou com a apresentação de "Serviços na Cadeia de Exploração", realizada pelo Account Manager & Equipment Sales da multinacional SLB no Brasil, André Moroz, juntamente com os representantes da Duralitte, Rogerio Gaspari Ferrari e Daniel Adalberto Sanchez, e o Diretor Executivo da Conterp, Lucas França.