Até 2028, Sergipe será beneficiado com a implementação de duas novas plataformas de produção de petróleo e gás.
Além disso, de acordo com o Anuário de Petróleo 2023, desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo também estão previstos para receber 19, 1 e 3 novas unidades estacionárias de produção (UEPs), respectivamente, num total de 23 novas instalações contratadas pela Petrobras.
Andre Ribeiro/Banco de Imagens Petrobras
As 23 plataformas de produção irão criar aproximadamente 21 mil novos empregos, dos quais 6,9 mil serão diretamente nas plataformas e 13,8 mil indiretamente nos diversos segmentos da cadeia produtiva.
Essas atividades englobam apoio marítimo, manutenção e reparo, escoamento da produção, reposição de equipamentos e peças, operações portuárias e bases de apoio, além do transporte de passageiros.
Nessa quarta-feira (26), o especialista de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Sávio Bueno, ressaltou que o total de empregos mencionado não considera o efeito multiplicador na economia, como a movimentação nos setores hoteleiro e comercial.
Além disso, o gerente de Projetos de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Thiago Valejo, informou que mais de 17 mil postos de trabalho serão criados no território fluminense.
Remuneração
Sávio Bueno destacou que a entrada em operação das novas plataformas movimentará o mercado de trabalho no país, oferecendo oportunidades de remuneração elevada, tanto para profissionais com formação superior, como técnica.
De acordo com levantamento da Firjan, feito em junho deste ano com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged), os salários médios iniciais no setor de extração de petróleo e gás alcançam R$ 13.685.
“A maior parte das atividades exige nível tecnológico elevado”, comentou Thiago Valejo.
Produção
Savio Bueno informou que até o final da década, a produção nacional de petróleo deverá alcançar cerca de 4,8 milhões de barris diários, número bem superior aos 3 milhões de barris/dia atuais.
Bueno diz acreditar que até 2028, a participação do Rio de Janeiro deverá cair um pouco, porque as novas UEPs de São Paulo, Espírito Santo e Sergipe entrarão em operação.
Além disso, haverá declínio dos campos da Bacia de Campos.
“Ainda assim, o Rio de Janeiro deverá responder por uma parcela maior que a atual na produção de petróleo e gás”.