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Edição: Hugo Julião
06:16
21/05/2022

Arcebispo proíbe presidente da Câmara dos EUA de comungar por apoiar o aborto

O arcebispo de São Francisco, Salvatore Cordileone, proibiu a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, de receber a comunhão na arquidiocese porque apoia o aborto.

Cordileone escreveu uma carta à parlamentar, tornada pública na tarde dessa sexta-feira (20).

No documento, ele justificou que tomou a medida porque a representante da Califórnia “não repudiou publicamente sua posição sobre o aborto e continua a se referir à sua fé católica para justificar sua posição e receber a Sagrada Comunhão”.

O arcebispo de San Francisco, Salvatore Cordileone / Arquivo/Acidigital

Portanto, à luz da minha responsabilidade como Arcebispo de São Francisco de 'cuidar de todos os fiéis cristãos confiados aos [meus] cuidados' (Código de Direito Canônico, cân.383, §1), por meio desta comunicação, estou notificando que você não deve se apresentar para a Sagrada Comunhão e, se o fizer, não deverá receber a Sagrada Comunhão, até que você repudie publicamente sua defesa da legitimidade do aborto e confesse e receba a absolvição por este grave pecado no sacramento da Penitência”, escreveu o arcebispo.

A presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi Pelosi, que representa um distrito que compreende boa parte da cidade e do condado de São Francisco, ainda não se pronunciou sobre o assunto // Crédito: EPA

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A partir da eleição do presidente Joe Biden, outro católico que apoia o aborto, bispos da Igreja Católica do país intensificaram a reivindicação de que a Eucaristia seja negada a políticos que defendam a interrupção voluntária da gravidez.

Antes disso, em 2019, Biden teve negado o sacramento numa igreja na Carolina do Sul.

No ano passado, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB, na sigla em inglês) aprovou um documento sobre a Eucaristia que prega a defesa dos nascituros e reitera como “escândalo” a rejeição dos católicos “em sua vida pessoal ou profissional” a doutrinas ou ensinamentos morais da Igreja.

O documento não cita Biden nem orienta que seja negada a comunhão a políticos católicos que apoiam o aborto.

No entanto, reforça que “os leigos que exercem alguma forma de autoridade pública têm uma responsabilidade especial de incorporar os ensinamentos da Igreja”.

Com informações do Acidigital/GP

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