14/02/2023 09:08

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta 2ª feira (13/02/2023) que vai trabalhar com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em entrevista ao programa Roda Viva, o economista negou atuação política e reforçou a independência da autoridade monetária.

O Banco Central precisa trabalhar junto com o governo e eu vou fazer tudo que estiver ao meu alcance para aproximar o BC do governo”, disse.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.| Foto: Reprodução/YouTube/Roda Viva.

Nome indicado pelo ex-ministro Paulo Guedes, Campos Neto disse que se aproximou de ex-integrantes do governo Bolsonaro, mas que também espera criar vínculos com pessoas da atual gestão.

O importante são as coisas que eu fiz pelo Banco Central, como eu atuei com autonomia e como eu atuei muitas vezes em coisas que o governo [Bolsonaro] era contra”, disse.

Ao ser questionado sobre ter ido votar nas eleições de 2022 com uma blusa da seleção brasileira, símbolo de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente do BC disse que o voto é “privado”.

Em relação a camisa, estamos em um sistema polarizado.

Estamos todo mundo aprendendo.

A autonomia do Banco Central é nova.

Eu vim indicado por um governo e também estou aprendendo e espero poder conversar bem com qualquer governo”, completou.

Ele destacou a alta da taxa básica de juros em 2022, que terminou o ano em 13,75%.

Se o Banco Central tivesse leniente, se quisesse participar politicamente, não teria subido os juros, teria até feito até uma política para estourar a inflação para frente, mas foi uma coisa que não fez”, afirmou.

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