O ex-presidente Lula (PT) criticou, neste sábado (19), o Congresso Nacional, a política de preços da Petrobras e o processo de privatização da Eletrobras durante um discurso a membros do MST.
Segundo o petista, a atual composição da Câmara e do Senado representa "talvez o pior Congresso que tivemos na história do Brasil."
Durante uma visita a um assentamento do MST em Londrina, no Paraná, Lula pediu que seus apoiadores se dediquem à eleição de deputados e senadores que possam dar sustentação a um eventual governo petista.
Lula em visita ao assentamento Eli Vive, em Londrina, para conhecer a produção de alimentos e a agroindústria do MST // Foto: Ricardo Stuckert
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Para Lula, com o esquema do orçamento secreto, a Câmara passou a governar o país no lugar do presidente da República.
Lula questionou ainda o estabelecimento de uma comissão para discutir o semipresidencialismo, defendida pelo presidente da Câmara, Arhtur Lira (Progressistas).
Pandemia e guerra põem a globalização em xeque
Os efeitos do conflito na integração global já se apresentam na forçada diversificação energética europeia e no aumento do preço do níquel, que pode desacelerar a produção de carros elétricos.
Esses efeitos também estão presentes na busca do agronegócio brasileiro por novos exportadores de fertilizantes e na possível piora na crise de produção de semicondutores.
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O petista criticou o que chamou de "destruição da Petrobras" e a política de preços da petroleira.
"Estamos pagando gasolina em dólar quando recebemos salário em real, os trabalhadores da Petrobras recebem em real, as plataformas são fabricadas em real", disse o ex-presidente.
"A Petrobras está tendo lucro exorbitante, não para investir em tecnologia e autossuficiência, mas para dividir entre os acionistas."
Lula também afirmou que os deputados deveriam agir para barrar o processo de privatização da Eletrobras, já na sua segunda etapa no Tribunal de Contas da União (TCU).