O passaporte sanitário funciona por meio de um aplicativo baixado no telefone celular, que é apresentado para dar acesso a teatros e cinemas.
A partir do início de agosto, também será exigido em restaurantes e shoppings.
No entanto, o governo possibilita que o documento seja apresentado sob forma de um formulário impresso.
E é justamente essa brecha que abriu a porta para que alguns tentassem contornar o sistema.
Atestados falsos vêm sendo vendidos pela internet.
Por € 250 (cerca de R$ 1,5 mil) é possível obter um documento que “comprova a vacinação” daqueles que não foram imunizados.
A polícia já prendeu no fim de semana passado nos arredores de Paris um homem que carregava 40 atestados de vacinação falsos, além de transportar milhares de euros no bolso.
Em seguida, uma mulher que trabalhava em uma farmácia foi detida quando vendia passaportes sanitários falsos.
Eles serão julgados por falsificação de documentos administrativos e formação de quadrilha, entre outros crimes.
As autoridades também conseguiram identificar cerca de 50 “clientes” que já tinham recebido os documentos encomendados.
As detenções acontecem em um momento em que o passaporte sanitário vem se tornando indispensável para circular na França.
Além disso, nesta terça-feira (20) o governo decidiu que os portadores do documento não precisarão mais usar máscaras de proteção nos lugares fechados, onde é exigido.
A necessidade do passaporte é alvo de críticas e protestos nas ruas. Os opositores às medidas consideram que o dispositivo torna, indiretamente, a vacinação obrigatória.
Aprovado por decreto, o fim da obrigatoriedade da máscara nos lugares que exigem o passaporte sanitário foi publicado no Diário Oficial francês e entra em vigor imediatamente.
Para o ministro francês da Saúde, Olivier Véran, a máscara não é mais necessária.
Isso porque, segundo ele, com o passaporte, "estamos seguros de que todas as pessoas que entram estão totalmente vacinadas, ou têm um teste negativo recente".