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Folha de SP
09:37
01/02/2023

Governo Lula 'não dura muito' e houve injustiça no 8 de janeiro, diz Bolsonaro nos EUA

Em seu primeiro evento público desde que deixou o Brasil e foi para os Estados Unidos, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o novo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "não vai durar muito tempo", disse que houve injustiça nos processos dos ataques em Brasília em 8 de janeiro e afirmou que permanecerá no país por mais tempo.

Jair Bolsonaro fala durante evento de seus apoiadores em Orlando, na Flórida, nesta quarta (31) - Joe Skipper/Reuters

Bolsonaro falou com apoiadores nessa terça-feira (31) em um centro de eventos em Orlando, em evento organizado pelo grupo Yes Brazil USA.

Os ingressos foram vendidos por valores entre US$ 10 (entrada comum) e US$ 50 (entrada VIP).

"Pode ter certeza, em pouco tempo teremos notícias.

Por si só, se esse governo [Lula] continuar na linha que demonstrou nesses primeiros 30 dias, não vai durar muito tempo", disse, sem deixar claro se estava se referindo a um eventual processo de impeachment, por exemplo.

Bolsonaro é alvo de diferentes ações que pedem a sua inegibilidade por abuso de poder nas eleições e também está mira de apurações sobre os ataques de 8 de janeiro como tendo sido o seu principal incentivador por causa de suas inúmeras declarações golpistas.

O ex-presidente criticou os autores dos ataques às sedes dos três Poderes em Brasília, mas afirmou que houve injustiças.

"A gente lamenta o que alguns inconsequentes fizeram no 8 de janeiro.

Aquilo não é a nossa direita. Não é o nosso povo", disse, antes de fazer a ressalva.

"[Tem] muita gente sendo injustiçada lá. Aquilo não é terrorismo pela nossa legislação.

Tem gente que tem que sim ser individualizada, invasão, depredação, e cada um que pague por aquilo que fez."

Bolsonaro não falou abertamente que acredita em fraude na eleição, como já fez inúmeras vezes, mas disse ter dúvidas do resultado de outubro passado, novamente sem apresentar provas ou qualquer indício a respeito.

"Eu nunca fui tão popular [como] no ano passado. Muito superior a 2018. No final das contas, a gente fica com uma interrogação na cabeça", disse sobre a derrota para Lula por margem de 2,1 milhões de votos.

 

Com informações da Folha de SP

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