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Sputnik Brasil
18:47
18/01/2023

Governo Lula vai liberar quase R$ 1 bilhão em recursos da Lei Rouanet bloqueados por Bolsonaro

O Ministério da Cultura (MinC), comandado por Margareth Menezes, anunciou nesta quarta-feira (18) que vai liberar quase R$ 1 bilhão em recursos captados através da Lei de Incentivo à Cultura, conhecida como Lei Rouanet, até o final de janeiro.

O presidente Lula e a ministra da cultura Margareth Menezes / Marcelo Camargo/Agência Brasil

De acordo com informações do MinC, um valor de R$ 968 milhões — que deveria ser destinado a 1.946 projetos — estava bloqueado desde o início de 2022 por uma decisão política da área cultural do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Menezes autorizou a Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural a já liberar cerca de R$ 62 milhões do montante para 353 projetos, que agora podem ser executados ou continuados.

"A Lei Rouanet é importantíssima, pois garante o acesso da sociedade brasileira a uma cultura de qualidade que gera transformação", afirmou a ministra.

Cerca de 5 mil projetos inscritos na Lei Rouanet que estavam com prazos de captação vencidos foram prorrogados.

Os pedidos foram solicitados em 2022 e não foram atendidos.

Segundo o Ministério da Cultura, uma que parte da produção cultural brasileira que tinha recursos ainda a captar vai poder dar continuidade às ações normalmente.

O MinC detectou que havia na gestão anterior uma inoperância na etapa de gestão das movimentações financeiras da Lei Rouanet.

O ministério explicou que o dinheiro era investido pelo patrocinador nas contas abertas pela legislação, mas não era liberado para o agente cultural.

O governo aponta que houve um "bloqueio proposital da produção cultural brasileira".

Em seu discurso de posse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se comprometeu a promover "uma política cultural democrática".
 

"Estamos refundando o Ministério da Cultura, com a ambição de retomar mais intensamente as políticas de incentivo e de acesso aos bens culturais, interrompidas pelo obscurantismo nos últimos anos", disse Lula, no dia 1º de janeiro.

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