Reprodução / Redes sociais
Mario Jorge Lobo Zagallo, uma figura emblemática do futebol mundial, faleceu aos 92 anos.
A informação foi publicada no começo da madrugada deste sábado (6) pelo perfil oficial da lenda do futebol mundial.
Reconhecido tanto como jogador quanto como técnico, Zagallo deixou um legado inestimável no futebol, marcado por conquistas e uma carreira brilhante.
A notícia do falecimento de Zagallo foi confirmada nas redes sociais, destacando sua vida como pai, avô, sogro, amigo, profissional vitorioso e um ser humano exemplar.
Nascido em Atalaia, Alagoas, Zagallo começou sua carreira no América Futebol Clube no Rio de Janeiro.
Em 1950, participou de sua primeira Copa do Mundo, mas ainda não como atleta. Na época, aos 19 anos, fazia parte da Polícia do Exército.
Sabendo de sua ligação com o futebol, o chefe do esquema de segurança da competição o designou para trabalhar nas arquibancadas do estádio do Maracanã durante a final, onde assistiu o Brasil ser derrotado pelo Uruguai.
Zagallo conquistou sua primeira Copa do Mundo em 1958 na Suécia e repetiu o feito em 1962 no Chile.
Ainda com a amarelinha, foi vencedor da Taça do Atlântico (1960), da Taça Oswaldo Cruz (1958, 1961 e 1962), da Taça Bernardo O’Higgins (1959 e 1961) e da Copa Roca (1960 e 1963). Em 1964 resolveu se aposentar da Canarinho como atleta.
Após se aposentar como jogador, Zagallo treinou o Botafogo e a Seleção Brasileira, levando o Brasil ao tricampeonato na Copa do Mundo de 1970 no México.
Em 1974, não teve o mesmo êxito, mesmo mantendo algumas peças do tri. Acabou na quarta colocação na Copa do Mundo da Alemanha.
No Botafogo, foi campeão da Campeonato Carioca em 1967 e 1968, da Taça Rio nos mesmos anos, e do Campeonato Brasileiro de 1968, à época chamado de Taça Brasil.
Zagallo também teve passagens de sucesso como técnico no Flamengo, Fluminense e Al-Hilal, além de comandar equipes como Vasco e Seleção Saudita.
Zagallo voltou à Seleção como coordenador técnico em 1994, contribuindo para a conquista do tetracampeonato.
Posteriormente, reassumiu o papel de técnico, ganhando a Copa América e a Copa das Confederações.
Em 1998, Zagallo embarcava para seu terceiro mundial como técnico. Mas na final, contra a França, anfitriã do torneio, a história mudou. Marcada pelo episódio de uma convulsão de Ronaldo Fenômeno antes da partida, a Seleção foi completamente dominada e derrotada por 3 a 0.
Recomeço
O pentacampeonato viria em 2002, sob o comando de Luiz Felipe Scolari, que deixou o cargo após a vitória.
Com isso, foi aberto o caminho para o retorno da dupla vitoriosa em 1994: Parreira e Zagallo, nas mesmas funções da época: técnico e coordenador técnico, respectivamente.
No período, foram campeões da Copa América, em 2004 e da Copa das Confederações, em 2006. Mas o desfecho na Copa do Mundo viria mais cedo, nas quartas de final, após derrota para a França.
Embora não tenha conquistado o hexacampeonato, Zagallo deixou um legado de sucesso e dedicação ao futebol, influenciando gerações de atletas e técnicos.
Com informações da CNN Brasil