13/01/2022 07:49

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A província de Québec, a segunda mais populosa do Canadá e a que registra mais casos da variante ômicron no país, observou um aumento de 300% na procura por vacinas contra a Covid-19 depois de determinar que só os imunizados poderão comprar bebidas alcoólicas ou maconha.

Pessoas fazem fila para receber vacina contra a Covid-19 em Toronto, no Canadá - Cole Burston / 22.dez.21/Reuters

A restrição para frequentar presencialmente lojas que vendem esses itens foi anunciada pelo ministro da Saúde local, Christian Dubé, na semana passada e só começa a valer na próxima terça-feira (18).

Mas, segundo ele, o número de agendamentos diários para receber a primeira dose do imunizante já saltou de 1.500 para 6.000.

Dubé afirmou que o obstáculo ao acesso a álcool e maconha —legalizada para uso recreativo no Canadá em 2018— não tem a intenção de irritar os não vacinados, como o presidente Emmanuel Macron declarou na semana passada sobre o projeto de passaporte vacinal na França.

 

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Segundo o ministro, "seria bom" incomodar os que se recusam a receber a vacina, mas seu objetivo é reduzir seu contato com a parcela da população que está imunizada, proteger o sistema de saúde e proteger os não vacinados uns dos outros.

"Esse é um primeiro passo que estamos dando.

Se os não vacinados não estiverem satisfeitos, há uma solução muito simples: vão tomar a sua primeira dose.

É fácil e de graça", disse Dubé.

"Se você não quer se vacinar, não saia de casa."

Ao anunciar a exigência, o ministro indicou ainda que outros estabelecimentos também passarão a exigir o certificado de vacina, mas há outras restrições já em vigor.

No fim de dezembro, o governo de Québec impôs um toque de recolher entre 22h e 5h, proibiu reuniões privadas sob pena de multa e determinou o fechamento de escolas, universidades, cinemas, bares, restaurantes e clubes esportivos.

De acordo com dados do governo, 84,9% da população de Québec já tomou ao menos a primeira dose da vacina.

Embora os não vacinados representem menos de um quinto dos 8,5 milhões de habitantes, eles são metade dos pacientes em terapia intensiva, segundo Dubé.

 

Com informações da Folha

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