11/03/2022 17:53

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A Rússia abriu um processo criminal contra a Meta, controladora do Facebook, nesta sexta-feira (11).

O país pediu o reconhecimento da empresa como uma "organização extremista".

A justificativa é que a rede social mudou suas regras de discurso de ódio para permitir que os usuários defendessem a violência contra os russos no contexto da guerra com a Ucrânia.

As ações da Meta caíam 3% nesta sexta-feira, após o anúncio da abertura do processo criminal.

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O Comitê de Investigação da Rússia, que se reporta diretamente ao presidente Vladimir Putin, declarou:

"Um processo criminal foi iniciado... em relação aos pedidos ilegais de assassinato e violência contra cidadãos da Federação Russa por funcionários da empresa americana Meta, proprietária das redes sociais Facebook e Instagram".


Não ficou imediatamente claro quais poderiam ser as consequências do caso.

Nenhum comentário foi disponibilizado imediatamente pela Meta em resposta a uma solicitação da Reuters.


O gabinete do procurador de Estado da Rússia disse:

"Tais ações da administração da empresa não apenas formam uma ideia de que a atividade terrorista é permitida, mas visam incitar o ódio e a inimizade contra os cidadãos da Federação Russa".

 

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A medida seria válida temporariamente em alguns países do leste europeu e permitiria que as publicações fossem feitas no Facebook ou Instagram.

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A promotoria disse que pediu a um tribunal para reconhecer a Meta como uma organização extremista e proibir suas atividades na Rússia.

E-mails internos da Meta vistos pela Reuters mostram que a empresa norte-americana permitiu temporariamente postagens que defendem a morte do presidente da Rússia, Vladimir Putin, ou do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko.

Os emails ainda afirmam que a defesa de atos de violência contra russos serão permitidos desde que esteja claramente falando sobre a invasão da Ucrânia.

Isso não se aplica a prisioneiros de guerra.


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A Rússia havia informado nesta sexta-feira que poderia encerrar as atividades da Meta se a empresa permitir a defesa da violência contra russos e da morte do presidente Vladimir Putin por seus usuários.

"Não queremos acreditar na reportagem da Reuters - é muito difícil de acreditar", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres nesta sexta-feira.

O escritório de direitos humanos da Organização da Nações Unidas (ONU) classificou a potencial mudança na política do Facebook de "preocupante".

Com informações do G1

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