03/04/2021 10:53

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O presidente argentino, Alberto Fernández, revelou na madrugada deste sábado (3) ter testado positivo para coronavírus ao completar 62 anos de idade.

Ele torna-se, assim, o primeiro chefe de Estado a contrair a doença mesmo depois de ter sido vacinado, com o imunizante russo Sputink V.

Antes do presidente argentino, pelo menos 17 outros líderes tiveram Covid-19, mas nenhum tinha sido vacinado.

Alberto Fernández testou positivo no dia de seu aniversário.

Presidente argentino recebe a primeira dose da Sputnik (© Presidência argentina)

"Queria contar-lhes que, ao terminar o dia de hoje, depois de apresentar um registro de febre de 37.3°C e uma leve dor de cabeça, realizei um teste de antígeno cujo resultado foi positivo", publicou Fernández, nesta madrugada, nas redes sociais.


O presidente argentino foi o primeiro chefe de Estado da América Latina a ser vacinado com a Sputnik V, em 21 de janeiro passado.

No dia 11 de fevereiro, tomou a segunda dose da vacina cuja eficácia geral anunciada é de 91,6% e, para maiores de 60 anos, 91,8%, uma das mais altas entre os produtos disponíveis.

Alberto Fernández disse ter feito também um teste de PCR e que aguarda a confirmação do resultado, enquanto permanece isolado.

"Embora estejamos à espera da confirmação através do teste PCR, eu já estou isolado, cumprindo o protocolo vigente e seguindo as indicações do meu médico pessoal", acrescentou.

O contágio, mesmo tendo sido vacinado com as duas doses da Sputnik V, desconcerta o país.

Durante a madrugada, nos meios de comunicação na Argentina, especialistas procuravam analisar as circunstâncias do contágio e se é possível um infectado vacinado contaminar outras pessoas.

As dúvidas também passam pela variante do vírus e se a vacina russa é eficaz para as novas cepas.

Outro debate é sobre a decisão do governo argentino, anunciada em 26 de março, de dar prioridade a vacinar a maior quantidade possível de pessoas apenas com a primeira dose.

Com esse procedimento a medida transfere para três meses a aplicação da segunda dose, embora os fabricantes recomendem três semanas.

A decisão baseia-se na escassa quantidade de doses que a Argentina tem conseguido e na chegada da segunda onda de contágios.

 (Natacha Pisarenko/AP)

A campanha de vacinação, iniciada em 29 de dezembro, é considerada lenta devido à falta de vacinas.

No país, foram aplicadas até agora 3,343 milhões da primeira dose, equivalentes a 7,4% da população, e 680 mil, referente à segunda dose.

O presidente argentino é o 18° chefe de Estado a se contagiar pela doença, mas o primeiro que se infecta depois de vacinado com as duas doses.

A lista de contaminados quando ainda não tinham sido vacinados inclui o ex-presidente norte-americano, Donald Trump, o premiê britânico, Boris Johnson, os presidentes francês, Emmanuel Macron, português, Marcelo Rebelo de Sousa, mexicano, Andrés Manuel López Obrador, e brasileiro, Jair Bolsonaro.

Com informações da RFI

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