25/02/2021 03:07

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A Venezuela expulsou nesta quarta-feira (24) a embaixadora da União Europeia em Caracas, Isabel Brilhante.

A diplomata tem 72 horas para deixar o país sul-americano.

Essa foi a resposta do governo Maduro à nova decisão da União Europeia de sancionar 19 altos funcionários venezuelanos.

Eles foram acusados de terem participado de ações que prejudicaram a democracia e o Estado de direito no país após as eleições legislativas de dezembro.
 


A votação, não reconhecida por Estados Unidos, União Europeia, Brasil e vários países da América Latina, deram ao partido do governo e seus aliados 256 das 277 cadeiras do Parlamento.

Esse resultado tirou a casa legislativa das mãos dos adversários de Maduro.

A embaixadora da União Europeia na Venezuela, Isabel Brilhante Pedrosa foi declarada "persona non grata" por decisão do presidente Nicolás Maduro, anunciou o chanceler Jorge Arreaza após uma reunião com a diplomata, que estava no país desde 2017 (Yuri Cortez/AFP)

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Entre os sancionados estão Omar Jose Prieto, governador do Estado de Zulia, o comandante das Forças Armadas Remigio Ceballos Ichaso e três responsáveis do Conselho Eleitoral, inclusive a presidente Indira Maira Alfonzo Izaguirre.

A decisão, aprovada pelos ministros de Relações Exteriores dos 27 países do bloco, amplia para 55 o número de membros do governo venezuelanos que não podem viajar para a União Europeia e estão com todos os seus bens em território europeu bloqueados.


Após anunciar a expulsão, o chanceler venezuelano entregou cartas de protesto pedindo a reavaliação das sanções ao embaixador da França e a representantes da Alemanha, Espanha e Holanda.

"Como hoje dissemos adeus em português porque a senhora Brilhante é portuguesa de origem, não queremos ter que dizer adiós, auf wiedersehen ou au revoir", ameaçou Arreaza.

A União Europeia lamentou a decisão e pediu a revisão da medida para que a embaixadora possa ficar no país. 

A porta-voz Nabila Nasrali acrescentou que a Venezuela "só vai superar a atual crise mediante negociação e diálogo, com o qual a UE está sempre comprometida".

Com informações da AFP


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