30/09/2024 11:14

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A cada minuto, uma pessoa dá entrada em um pronto-socorro do Sistema Único de Saúde (SUS) com crises agudas causadas por doenças que afetam o coração

A cada minuto, uma pessoa busca atendimento em um pronto-socorro do Sistema Único de Saúde (SUS) por crises cardíacas agudas, como insuficiência cardíaca ou infarto agudo do miocárdio, de acordo com um alerta da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede).

Somente em 2023, esses atendimentos resultaram em 641.980 internações relacionadas a problemas cardíacos graves no Brasil.

Principais problemas cardíacos identificados

Entre as condições mais comuns registradas nos hospitais públicos estão:

  • Doença reumática crônica do coração;
  • Infarto agudo do miocárdio;
  • Doenças isquêmicas do coração;
  • Transtornos de condução e arritmias cardíacas;
  • Insuficiência cardíaca.

Pressão sobre o SUS

O estudo da Abramede revelou uma enorme pressão sobre os serviços de emergência no Brasil, particularmente na região Sudeste, que liderou o número de internações, com 241 mil atendimentos.

São Paulo e Minas Gerais foram os estados mais impactados, registrando 120.142 e 80.191 internações, respectivamente.

No Nordeste, estados como Ceará e Pernambuco se destacaram, com mais de 20 mil internações em cada estado, representando 90% das hospitalizações relacionadas a problemas cardíacos na região. No Norte, o destaque foi o Amazonas, com 5.899 atendimentos de urgência.

O cenário mais crítico, no entanto, foi observado em Mato Grosso do Sul, onde 97% das internações por doenças cardíacas foram de urgência, refletindo a gravidade dos casos.

Emergências cardíacas em números

O levantamento mostrou que 85% das internações por doenças cardíacas em 2023 foram emergenciais.

O infarto agudo do miocárdio respondeu por 152 mil hospitalizações, enquanto a insuficiência cardíaca, uma das condições mais comuns, resultou em 194,5 mil internações de emergência, ou seja, 94% dos casos dessa doença necessitaram de intervenção imediata.

Perfil dos pacientes

Os homens foram os mais afetados, representando 57% das internações, enquanto 43% dos atendimentos foram de mulheres.

Além disso, 67% das hospitalizações ocorreram entre pacientes com 60 anos ou mais, com uma incidência maior em grupos etários de 70 a 79 anos e 50 a 59 anos.

Embora as doenças cardíacas sejam comumente associadas ao envelhecimento, a Abramede alertou para o crescente número de adultos jovens afetados, resultado de hábitos de vida prejudiciais à saúde cardiovascular, como má alimentação, sedentarismo e estresse.

Desafios e soluções

Diante desse cenário, a Abramede destacou a necessidade de fortalecer a infraestrutura hospitalar e capacitar continuamente as equipes de emergência.

A entidade reúne cerca de 1,6 mil especialistas no 9º Congresso Brasileiro de Medicina de Emergência para debater soluções e estratégias para lidar com o crescente volume de emergências cardíacas no país.

O estudo sublinha a importância de prevenção, educação sobre hábitos saudáveis e melhoria na assistência emergencial como pilares para enfrentar os desafios das doenças cardiovasculares no Brasil.

 

Com informações da Agência Brasil

Da redação

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