13/09/2021 10:40

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Segundo dados reunidos pelo Our World in Data, em torno de 56 milhões de pessoas morrem por ano no mundo. 

A principal causa de morte são as doenças cardiovasculares —por sua culpa, perdem-se quase 18 milhões de vidas, perto de um terço do total. 
 


 

E, se forem agrupados em uma única categoria, os tipos de câncer são responsáveis por quase 10 milhões de mortes. 

Em conjunto, 73% falecem por causa de doenças não contagiosas.

Os óbitos devidos a enfermidades infecciosas representam hoje 19%.

Nesse grupo entram, sobretudo, afecções dos aparelhos respiratório (2,56 milhões) e digestivo (2,38 milhões), incluídas as diarreias (1,6 milhão). 

Há um quarto de século, a percentagem de mortes decorrentes de doenças infecciosas era de 33% e, em geral, esse índice é mais alto nos países pobres.

A redução de 33% para 19% está vinculada ao progresso. Quanto mais pobre é um país, maior é a porcentagem de mortes devidas a doenças infecciosas. O contrário ocorre com as não infecciosas. 

A outra grande categoria de mortes corresponde às produzidas por golpes ou ferimentos, mas essas quase não variam com o tempo e representam 8% (25 anos antes, eram 9%).



Cerca de 4% das crianças morrem antes de completar cinco anos. Em outras palavras: quase seis milhões delas morrem a cada ano. 

A principal causa direta de mortalidade infantil são as infecções respiratórias (800.000). De fato, uma em cada três pessoas mortas por esse motivo tem menos de cinco anos. 

Aproximadamente 650.000 bebês com menos de um mês de vida falecem por patologias ou complicações neonatais.

E as diarreias são também uma causa de morte infantil importante: embora seu número tenha caído muito, cerca de 500.000 meninos e meninas ainda morrem anualmente por essa razão.

Em conjunto, essas afecções são responsáveis por uma grande perda de anos de vida. 

 

Também é o caso dos acidentes de trânsito (1,2 milhão de mortes, muitas delas de adolescentes e jovens) e da Aids (que mata anualmente quase um milhão de pessoas, sendo 84% menores de 50 anos). 

Das 800.000 que tiram a própria vida a cada ano, 460.000 têm menos de 50 anos.

No extremo oposto estão as diferentes formas de demência, que são responsáveis por 2,5 milhões de mortes por ano.

Essa cifra subiu muito e continuará subindo conforme aumente a esperança de vida, refletindo a diminuição, sobretudo, das mortes devidas a doenças infecciosas. 

Precisamente por essa razão, não provoca a perda de muitos anos de vida.

Os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 foram uma série de ataques suicidas contra os EUA coordenados pela organização fundamentalista islâmica al-Qaeda. Quase três mil pessoas morreram em consequência.

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Há três causas de morte que não têm a relevância quantitativa das anteriores, mas que, entretanto, recebem uma grande atenção:

Os homicídios, os atentados terroristas e as catástrofes naturais. 

Cerca de 400.000 pessoas morrem assassinadas por ano, e 26.000 são vítimas de atos terroristas.

Já as catástrofes naturais provocam em média 9.600 mortes.

Segundo a FAO (órgão da ONU para alimentação), cerca de seis milhões de crianças menores de cinco anos morrem todos os anos como consequência da fome.

O número total de vidas perdidas por essa causa se encontra certamente perto dos nove milhões, mas são os menores de cinco anos os mais vulneráveis a seus efeitos.

Na verdade, uma mínima parte dessas mortes ocorre por inanição. 

A maioria é decorrente da carência recorrente de alimentos e nutrientes essenciais, que faz que as crianças estejam frágeis e aquém do peso ideal.

Por outro lado, a cada ano oito milhões de pessoas morrem devido ao tabaco, e a obesidade é responsável por quase cinco milhões de mortes; em ambos os casos, a metade é de menores de 70 anos. 

Por culpa do álcool falecem 2,8 milhões (dos que dois milhões são menores de 70).

Há, por último, os fatores ambientais: a poluição atmosférica provoca a morte de 3,4 milhões, e a doméstica, 1,6 milhão.
 

Em 2020, um novo termo foi introduzido nesta contabilidade mórbida: a pandemia da covid-19.

Mas para falar sobre a pandemia, é preciso esperar pelo menos a perspectiva de um fim dessa tragédia.

Com dados e informações publicadas em artigo de Juan Ignacio Pérez Iglesias,catedrático de Fisiologia na Universidade do País Basco / Euskal Herriko Unibertsitatea, no site The Conversation

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