Nesta segunda-feira, 16, celebra-se o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Celíaca, um quadro autoimune crônico que afeta o intestino de pessoas com predisposição genética e que se manifesta quando o glúten faz parte da alimentação.
Segundo a gastroenterologista cooperada Unimed Sergipe, Dra. Leda Delmondes, a doença celíaca não é uma simples alergia alimentar e que é importante diferenciá-las.
"A apresentação dessas duas patologias são diferentes.
A alergia está vinculada à uma resposta e a uma reação aguda do corpo diante de determinada situação, seja alimentação, seja picada de inseto, seja medicação, e requer atendimento de urgência, enquanto a doença celíaca é uma doença que tem etiopatogenia genética e o desenvolvimento dos sintomas é bem mais lento e diferente", explica Dra. Leda.
A doença celíaca é uma reação exagerada do sistema imunológico ao glúten, uma proteína encontrada em cereais, como o trigo, base para diversas massas.
A Federação Nacional das Associações de Celíacos (Fenacelbra) estima que dois milhões de pessoas tenham a doença no Brasil, porém, muitas ainda sem diagnóstico.
"A doença celíaca pode surgir já na idade adulta e causa outros sintomas extra intestinais.
Os sintomas clássicos são diarreia, perda de peso, má absorção.
Mas também pode causar dores articulares, anemia, deficiência de vitaminas, em função de todo um processo sistêmico que a doença celíaca causa", esclarece a gastroenterologista.
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O diagnóstico da doença é feito através de exames laboratoriais e, entre os sintomas clássicos, também se enquadram prisão de ventre, falta de apetite, vômitos e distensão abdominal (barriga inchada).
Quando diagnosticado com a doença celíaca, o paciente precisará evitar a ingestão do glúten, adquirindo o hábito de ler rótulos dos produtos industrializados.
"Se você não cuidar no tempo certo, principalmente na criança, você vai ter profundos comprometimentos sistêmicos, como perda de peso acentuada, desnutrição, dificuldade de crescimento. Já o adulto terá uma péssima qualidade de vida, além de vários outros sintomas.
Se há uma doença que requer cuidados com o ambiente ou com alimentação, não podemos dizer que tem cura e sim controle.
O paciente celíaco precisa ter consciência de que não pode comer glúten, nem seus derivados", pontua Dra. Leda.