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24/04/2025 06:43

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Criança mexendo no celular

Foto: César de Oliveira


O Hospital da Criança Dr. José Machado de Souza emitiu um alerta sobre os efeitos prejudiciais do uso excessivo de telas entre o público infantil.

Entre os principais impactos estão ansiedade, sedentarismo, distúrbios do sono, instabilidade de humor e dificuldade de interação social.

A psicóloga Ivanesk Andrade, responsável técnica do hospital, reforça que a exposição sem controle pode prejudicar o desenvolvimento cognitivo, as habilidades sociais, a comunicação, além de comprometer a saúde mental e física das crianças.

“A exposição às telas de forma não controlada pode causar atraso na fala, baixo nível de atenção, problemas oftalmológicos e até dificuldade na socialização”, explicou Ivanesk.

Riscos e comportamentos associados

A especialista alerta que o uso em excesso não atinge apenas as crianças. O comportamento dos adultos também influencia os pequenos.

“As crianças tendem a imitar os hábitos dos adultos. O uso contínuo de celulares pode gerar falta de atenção por parte dos pais, o que afeta diretamente o comportamento e o desenvolvimento infantil”, pontua.

Recomendações para pais e responsáveis

A psicóloga orienta estabelecer limites claros e adotar estratégias de uso consciente:

⏱️ Controle de tempo e conteúdo

  • Definir tempo diário de tela com base na idade da criança;
  • Estabelecer locais e momentos apropriados para o uso;
  • Preferir conteúdos educativos e adequados à faixa etária;
  • Desativar a reprodução automática em aplicativos de vídeo para evitar o consumo contínuo.

👨‍👩‍👧‍👦 Envolvimento familiar

  • Acompanhar o conteúdo assistido e, sempre que possível, assistir junto;
  • Fazer do momento de tela uma atividade compartilhada em família;
  • Revisar os programas preferidos das crianças, observando mensagens e valores transmitidos.

🌙 Higiene do sono

  • Evitar telas ao menos uma hora antes de dormir, pois a exposição pode prejudicar a qualidade do sono e dificultar o despertar no dia seguinte.

Alternativas ao uso de telas

Para Ivanesk Andrade, oferecer opções de brincadeiras fora do mundo digital é essencial:

  • Estimular brincadeiras livres, que despertem a imaginação e criatividade;
  • Promover passeios ao ar livre, em parques e praças;
  • Incentivar interações sociais com outras crianças.

“A redução do tempo de tela melhora a saúde mental e física, reduz o estresse e fortalece os vínculos familiares”, conclui a psicóloga.

 

Com informações da ASN

Da redação

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