01/08/2023 09:28

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A era da ebulição global chegou”.

Essa fala do secretário-geral da ONU pode ter soado meio exagerada para alguns, mas ficou mais palpável para quem acompanhou a onda de calor que tomou o Hemisfério Norte em julho.

Depois de gerar mais de 60 mil mortes na Europa e fazer os bastões de selfies dos turistas derreterem, a projeção financeira da crise climática ficou tensa.

Pelas estimativas da firma de auditoria Deloitte — uma das maiores do mundo —, caso os padrões de emissões de carbono atuais sejam mantidos até 2070, as perdas globais totalizarão R$ 841 trilhões.

A primeira semana de julho foi a mais quente desde 1979, com a temperatura média global surpreendendo vários analistas. Depois de sucessivos recordes, então, o mês foi considerado o mais quente da história.

  • Exemplificando os impactos, nos EUArodovias se partiram ao meio, e operários da construção civil passaram a misturar pedras de gelo a massas de concreto para não deixar as vigas racharem.
  • Em Phoenix, no Arizona, os hospitais tiveram que atender uma multidão de pacientes que se queimaram gravemente após caírem no asfalto.
  • Na Itália, esse asfalto quente também derreteu canos subterrâneos.

As cenas, que renderiam mais um filme para o Christopher Nolan, mostram não só as consequências da crise climática, como os perigos que ela representa para a economia, principalmente no longo prazo.

Luz no fim do túnel? A expectativa é que o interesse do setor privado possa recuperar o tempo perdido no combate à crise do clima. Ainda que as políticas públicas sejam importantes, para os especialistas, “quando o mercado de inovação se engaja numa causa, a história muda”.

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