Um caso para se pensar: uma hora vai chegar a sua vez.

Um grande parcela da população, principalmente a elite cultural e a maior parte da imprensa, está em silêncio ensurdecedor diante da sequência de censuras que estão ocorrendo contra ideias que diferem de quem detém o poder.

Nunca é demais lembrar: o que hoje é considerado politicamente correto, poderá não sê-lo amanhã.

É preciso registrar que quem gosta de censura tem em seu DNA o princípio do autoritarismo. Por isso, é preciso cuidado.

Veja o absurdo que aconteceu com Flávia Durante, fundadora da loja Pop Plus, uma plataforma de moda e cultura plus size.

No Twitter, ela denunciou que o Facebook bloqueou um anúncio feito para promover um evento da marca, ilustrado com uma foto de modelos plus size.

Ao negar a publicação, o sistema acusou que a imagem "não estava em conformidade com nossa política de saúde pessoal", propondo uma reavaliação ou a edição do anúncio, uma propaganda de feira de moda com tamanhos do 44 ao 66, em São Paulo.

A empresária atribuiu a ação à gordofobia e lamentou a postura da rede social, destacando que já foi embaixadora do projeto #ElaFazHistória, criado pelo próprio Facebook para mulheres empreendedoras.

Na sequência, a assessoria da Meta - novo nome da empresa Facebook - alegou que "o anúncio foi bloqueado indevidamente e já está ativo na plataforma", sem dar mais detalhes sobre o problema que levou ao bloqueio da postagem.