Um livro intitulado "Delírio Total" revela detalhes surpreendentes sobre o uso de drogas por Adolf Hitler, o líder do Terceiro Reich.
O autor, Norman Ohler, destaca o consumo de cocaína, heroína, morfina e, principalmente, precursores psicoestimulantes de metanfetaminas, descrevendo Hitler como um "viciado consumado".
Hitler adormecido em uma espreguiçadeira
Hitler adormecido em uma espreguiçadeira
O autor, Norman Ohler, discute a relação de Hitler com várias drogas, incluindo cocaína, heroína, morfina e, principalmente, os precursores altamente viciantes das metanfetaminas.
Hitler começou com injeções de glicose e vitaminas. Alguns anos depois, ele estava injetando hormônios e esteróides, e então mudou para drogas mais pesadas, como a metanfetamina
O livro aborda o uso extenso e o abuso de drogas durante o período da Alemanha nazista.
Ohler identifica três fases distintas no uso de drogas por Hitler.
A primeira fase ocorreu entre 1936 e 1941, quando Hitler usava vitaminas e glicose. Seu médico pessoal, Theodore Morell, foi fundamental nessa fase, administrando injeções de vitaminas e glicose.
A segunda fase teve início no outono de 1941, quando a guerra contra a Rússia começou a dar errado. Hitler começou a tomar hormônios, esteroides e barbitúricos, incluindo hormônios de animais.
A terceira fase, no verão de 1943, marcou o uso de drogas mais pesadas, incluindo uma droga chamada Eukodal, um analgésico opioide semissintético que produzia efeitos eufóricos potentes.
Ohler destaca o papel estratégico da droga Pervitin, fabricada na Alemanha em 1937 e distribuída às forças armadas nazistas.
Com a euforia produzida pela Eukodal, Hitler "conseguiu convencer Mussolini a não abandonar as Potências do Eixo"
Com a euforia produzida pela Eukodal, Hitler "conseguiu convencer Mussolini a não abandonar as Potências do Eixo"
O autor argumenta que o uso de drogas influenciou as decisões de Hitler em momentos críticos.
Ele menciona um encontro em que Hitler convenceu Mussolini a continuar apoiando a Alemanha após receber uma injeção de Eukodal, um analgésico opioide potente.
Hitler também teria consumido cocaína em pelo menos 15 ocasiões e, em alguns momentos, combinava cocaína com Eukodal, uma mistura conhecida como "speedball".
Especialistas receberam o livro positivamente, considerando-o um importante trabalho acadêmico.
No entanto, a obra gerou debate na imprensa alemã, com algumas publicações sugerindo que Ohler culpava as drogas ou o médico pessoal de Hitler por suas ações.
O autor enfatiza que Hitler usou drogas para sustentar suas convicções irracionais, não responsabilizando as substâncias por suas ações.
Essa revelação lança uma nova luz sobre a história de Hitler e o papel das drogas durante o Terceiro Reich.
Com informações da BBC News Brasil
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