A morte de Adolf Hitler, o temido líder nazista, sempre foi envolta em diversas teorias da conspiração.
Fotografia em plano retrato de Adolf Hitler / Wikimedia Commons
Fotografia em plano retrato de Adolf Hitler / Wikimedia Commons
Alguns acreditavam que ele teria fugido para a América do Sul no fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, enquanto outros especulavam sobre seu refúgio em uma base secreta na Antártica.
No entanto, um estudo recente conduzido por pesquisadores franceses lança luz sobre os últimos momentos de Hitler, desmentindo essas teorias intrigantes.
Publicada no renomado periódico European Journal of Internal Medicine, a pesquisa aponta que Hitler cometeu suicídio, em 1945, possivelmente por ingestão de cianureto ou um tiro na cabeça — talvez ambos.
Este estudo foi fundamentado na análise de uma amostra de dentes do ditador, providenciada pelos serviços secretos russos.
Philippe Charlier, pesquisador e autor do estudo, afirmou à agência France Presse:
“Os dentes são autênticos, não há dúvida. Nosso estudo prova que Hitler morreu em 1945. Podemos parar com as teorias da conspiração”.
Após a tomada de Berlim pelos soviéticos, a inteligência do Exército Vermelho descobriu restos carbonizados de Hitler perto de seu bunker.
Embora a maioria dos restos tivesse sido destruída pelo fogo, uma pequena parte da mandíbula superior e alguns dentes foram preservados pelos russos.
Em 2017, pela primeira vez na história, a Rússia autorizou uma equipe de pesquisadores a examinar esses restos mortais.
Reprodução
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A inspeção dos dentes de Hitler revelou que ele possuía apenas quatro dentes originais, com muitos substituídos por próteses metálicas.
Os poucos dentes naturais remanescentes mostraram sinais severos de tártaro e periodontite.
A ausência de resíduos de carne corrobora a ideia de que Hitler era vegetariano.
Nos dentes metálicos, depósitos azulados foram identificados, o que, segundo os cientistas, pode indicar uma reação química entre o cianureto e o metal das próteses, sugerindo envenenamento por cianureto.
Embora não tenham encontrado vestígios de ferimento por arma de fogo ou pólvora na arcada dentária de Hitler, os pesquisadores não descartam a possibilidade de um tiro em outra parte do corpo.
Um fragmento craniano atribuído a Hitler e mantido pelos russos, que apresenta um orifício no lado esquerdo, sugere a região onde a arma pode ter sido disparada.
A veracidade dos restos foi confirmada através da comparação com radiografias oficiais e registros odontológicos de Hitler.
Este estudo é um passo significativo para colocar um ponto final nas teorias da conspiração sobre o destino de Hitler e oferece uma visão científica sobre os momentos finais do ditador alemão.
Com informações de IFLScience.
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