Parece que o que começou como um rumor está prestes a se tornar realidade: a Azul está próxima de concretizar a compra da Gol.
De acordo com uma reportagem da Revista Oeste, que citou fontes ligadas à Azul, o acordo está quase finalizado.
Detalhes da negociação e estado atual do processo de aquisição
A Gol, que iniciou um processo de recuperação judicial nos Estados Unidos no início do ano devido a dívidas que ultrapassam US$ 20 bilhões, pode em breve unir-se à Azul.
“A diretoria da Azul já considera a compra da Gol um fato consumado. Fontes de altíssimo escalão informaram à coluna que as duas aéreas vão se tornar uma única companhia nas próximas semanas”, diz trecho da reportagem.
Na semana anterior, a Bloomberg noticiou que as negociações para a fusão entre Azul e Gol estavam bem avançadas.
Contudo, uma reportagem recente da Revista Oeste trouxe uma atualização ainda mais significativa, afirmando que a Azul já considera a compra da Gol como certa.
Em março, a Azul inclusive contratou uma consultoria internacional para auxiliar na negociação.
Um indicativo da iminência da compra, segundo a revista, é o fato de a Latam ter recuado de sua intenção de adquirir os Boeing 737 da Gol, uma proposta que não entusiasmou a Gol, dado o valor significativo desses ativos para a empresa.
Esses aviões também são de grande interesse para a Azul, que, como outras companhias aéreas, enfrenta uma escassez de aeronaves no mercado atual.
De acordo com dados recentes de março, a Azul ultrapassou a Gol em participação no mercado doméstico de aviação, com 29,5% dos passageiros, enquanto a Gol teve 29%.
A Latam lidera com 41%.
A aquisição da Gol pela Azul resultaria em um domínio substancial do mercado aéreo brasileiro, considerando as operações distintas das duas empresas.
A Azul é conhecida por sua ampla rede de voos no interior e em cidades médias do Brasil, ao passo que a Gol foca mais nas rotas que conectam grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
É importante ressaltar que qualquer acordo entre a Azul e a Gol ainda depende do aval dos acionistas e das entidades reguladoras, incluindo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Procuramos as duas companhias aéreas para comentar sobre o assunto. A Azul não respondeu até o momento e a Gol informou que não irá se pronunciar sobre a questão.