Ex-presidente assume lugar de Marcos Troyjo, indicado por Paulo Guedes
O NDB (Novo Banco de Desenvolvimento), o banco do grupo de nações emergentes Brics, confirmou nesta sexta-feira (24) a nomeação da ex-presidente Dilma Rousseff para a presidência da instituição.
Ao assumir a presidência do NDB, Dilma deverá receber um salário superior a US$ 50 mil mensais (equivalente a R$ 257 mil), de acordo com pessoas com conhecimento das negociações.
O NDB é presidido de forma rotativa pelos países dos Brics, e o mandato do Brasil vai até 2025.
Além dos países fundadores do banco —os integrantes dos Brics—, o NDB também tem como sócios os governos de Bangladesh e Emirados Árabes Unidos, que se incorporaram recentemente ao órgão.
A designação de Dilma para o comando da instituição que financia projetos de infraestrutura nos países dos Brics envolveu uma operação para retirar da entidade Marcos Troyjo.
Indicado em 2020 pelo ex-ministro Paulo Guedes (Economia), Troyjo deveria permanecer no posto até o fim do mandato brasileiro.
Mas sua proximidade com o governo Jair Bolsonaro (PL) e a disposição de Lula de emplacar sua aliada no cargo tornaram a permanência de Troyjo insustentável.
Aliados de Dilma dizem que ela deve morar e trabalhar em Xangai, sede do banco. A ex-presidente resistiu às primeiras sondagens para assumir o banco do Brics porque ficaria longe de sua família no Brasil, mas mudou de ideia.
Com informações da Folha de SP