Economia & Negócios

Da Redação
09:55
02/03/2024

Governo desiste de CLT e quer classificar motoristas da Uber e 99 como autônomos

O governo recuou da intenção de classificar os motoristas de aplicativos sob o regime da CLT e alcançou um acordo com as plataformas para o pagamento de salários e impostos.

Limitação de carga horária e salário mínimo

A carga horária dos motoristas de aplicativos foi limitada a no máximo 12 horas por dia, visando garantir que esses profissionais recebam pelo menos o salário mínimo atual de R$ 1.412, equivalente ao pago aos trabalhadores com registro em carteira.

Regulamentação de impostos

Quanto aos impostos, os motoristas serão responsáveis pelo pagamento de uma alíquota de 7,5% sobre 1/4 do total de seus rendimentos mensais, enquanto as empresas contribuirão com 20% em taxas para o INSS.

Exclusividade para motoristas de quatro rodas

Vale ressaltar que essas novas regras aplicam-se exclusivamente a motoristas de veículos de quatro rodas, permanecendo os entregadores de aplicativos de delivery, como iFood e Rappi, fora deste acordo, uma vez que ainda não foi alcançado um consenso para essa categoria.

Implementação e impacto das novas regras

As novas regras estão previstas para entrar em vigor no prazo de até 90 dias após a aprovação do projeto de lei, que será encaminhado pelo governo na próxima semana.

A iniciativa visa proporcionar maior segurança jurídica no Brasil.

Panorama atual dos trabalhadores de aplicativos no Brasil

Atualmente, estima-se que cerca de 1,6 milhão de pessoas no país trabalhem por meio de aplicativos, das quais 1,2 milhão atuam como motoristas em plataformas como Uber e 99.

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