O estudo lançado pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) na terça-feira (26) analisa 40 indicadores que refletem tanto questões sociais quanto o desempenho das administrações municipais (abrangendo áreas como educação, saúde, renda, habitação e saneamento) em 26 capitais do Brasil, com Brasília ficando de fora desta avaliação.
Salvador, Elevador Lacerda / Márcio Filho / Mtur
O município de Campo Grande tem o menor índice de desemprego entre as capitais do país.
Enquanto Salvador é onde tem mais desempregados. Esse é um dos dados apontados pelo Mapa da Desigualdade entre as Capitais do Brasil, lançado nessa terça-feira (26), em São Paulo.
O estudo produzido pelo Instituto Cidades Sustentáveis aponta também indicadores na educação, saúde, renda, habitação e saneamento.
(razão do rendimento médio real das mulheres sobre o rendimento médio real dos homens)
Melhor indicador – Macapá (0,97)
Pior indicador – Campo Grande (0,64)
Capitais do Nordeste tem os dois extremos em desnutrição de crianças menores de 5 anos.
Em Teresina, menos de 0,5% das crianças estão desnutridas, enquanto em Salvador, o problema afeta 4% dessa faixa de idade.
Gravidez na adolescência
Já a gravidez na adolescência apresenta maior incidência em Macapá, onde afeta 18% das jovens até 19 anos.
Na outra ponta, está Florianópolis, com 6% de adolescentes grávidas.
Também está em Florianópolis a menor porcentagem de população abaixo da linha da pobreza.
A capital catarinense tem apenas um por cento da população nessa condição.
Na outra ponta está Salvador. A capital baiana tem 11% da população abaixo da linha da pobreza.
As pessoas vivem mais tempo em Belo Horizonte e Porto Alegre, com expectativa média de vida de 72 anos.
Já na capital de Roraima, Boa Vista, a expectativa de vida é a menor do Brasil, 57 anos.
Na área da Educação, novamente Florianópolis está na dianteira, onde somente 13% das pessoas não têm instrução ou possuem ensino fundamental incompleto ou equivalente.
Situação oposta no país está em Maceió. Na capital de Alagoas, mais de 30% da sociedade está nessa condição.
Quando o assunto é a disponibilidade de esgoto sanitário, a cidade de São Paulo é líder absoluta, com o serviço disponível a 100% da população.
Já Porto Velho, capital de Rondônia, tem o pior indicador, com menos de 6% dos habitantes atendidos.
O coordenador do Instituto Cidades Sustentáveis, Igor Pantoja, comentou alguns índices que surpreenderam os próprios pesquisadores.
"Salvador, uma das principais capitais do Brasil, tem indicadores bastante graves em relação a desnutrição infantil e desemprego. Teve uma surpresa com isso. Porto Velho ter 5% de acesso à esgotamento sanitário também assusta qualquer um".
O Mapa da Desigualdade entre as capitais pesquisou 40 indicadores socioeconômicos em áreas de atuação do poder público municipal.
1º Curitiba – 677
2º Florianópolis – 672
3º Belo Horizonte – 615
4º Palmras – 607
5º São Paulo -594
6º Vitória – 590
7º Cuiabá – 583
8º Porto Alegre – 580
9º Goiânia – 578
10º Campo Grande – 549
11º Rio de Janeiro – 548
12º Natal – 516
13º Boa Vista – 498
14º Teresina – 473
15º Aracaju – 468
16º João Pessoa – 463
17º Salvador – 438
18º Macapá – 435
19º São Luís – 435
20º Fortaleza – 431
21º Maceió – 428
22º Rio Branco – 424
23º Manaus – 417
24º Belém – 393
25º Recife – 392
26º Porto Velho – 373
Fonte: Agência Brasil